Inovações que aliam sustentabilidade e eficiência nos canteiros de obra devem ser tendência neste ano, segundo especialista
O setor da construção civil deve seguir em alta em 2023. Dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) apontam que o segmento deve crescer cerca de 2,5% até dezembro, considerando os últimos três anos de expansão. Somente em 2020, foram gerados R$ 325,1 bilhões em valor de incorporações, obras e serviços gerais.
A alta ocorre, principalmente, pela expansão de setores voltados para a mineração e siderurgia, que abastecem a construção civil. Anualmente, mudanças direcionadas à tecnologia e aos processos construtivos, são fatores importantes para o crescimento da indústria. Com o objetivo de mudar o mercado e facilitar o trabalho em obras e serviços de engenharia, instituições privadas inovam com a criação de ferramentas práticas, sustentáveis e de fácil manuseio.
É o caso da PWTech, startup de purificação de água, que participou em outubro de 2022 do programa de aceleração Vetor AG, da Andrade Gutierrez. Seu equipamento, desenvolvido em parceria com a UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) e com a USP (Universidade de São Paulo), é capaz de purificar quase 6 mil litros de água por dia.
A tecnologia é capaz de tornar potável a água contaminada oriunda da chuva, rios, poços, represas, açudes e lagos, eliminando 100% de vírus e bactérias e tornando-a própria para o consumo humano. O equipamento é recomendado para locais de difícil acesso, facilitando a operação logística, reduzindo custos e contribuindo com o melhor uso dos recursos naturais e metas de sustentabilidade nos canteiros de obra.
Para Tatiana Fasolari, vice-presidente da Fast Engenharia, maior empresa especializada em overlays da América Latina, soluções antes destinadas a outros segmentos, aos poucos, têm ampliado seu escopo e movimentado o mercado da construção civil.
“As evoluções tecnológicas com foco na sustentabilidade são o futuro do ramo, sendo necessárias para equilibrar os espaços modernos em que vivemos com as necessidades atuais de reduzir os impactos ambientais”, explica a especialista.
