Em março, divulgamos que a Paving Expo 2024 será a maior edição que já realizamos, com mais de 250 marcas expositoras. Isso me deixou inquieto para entender o porquê desse avanço. Sabemos que “andorinha sozinha não faz verão”, como rege o ditado e, com a experiência de alguns anos produzindo Feiras e Eventos, entendo que a promoção de um evento animado e bem-sucedido depende de um mercado igualmente com bom ânimo. E é este momento que vivemos hoje.
As análises positivas estão em diferentes cenários, com diferentes linhas de governos e diferentes demandas. Isto nos permite dizer que há diversidade de oportunidades no mercado brasileiro de infraestrutura e será a base para uma Paving Expo de sucesso em 2024.
Desde 2021, as vendas de máquinas e equipamentos de construção estão em bom nível, chegando ao recorde de quase 40 mil unidades comercializadas em 2022. Além de movimentar fábricas, dealers e todo o aftermarket envolvido nessas vendas, o volume de equipamentos inserido no mercado funciona como um termômetro, que mede a temperatura do volume de obras. Em outras palavras: se estão comprando máquinas é porque faltam máquinas para as obras em andamento.
É por isso que o Brasil voltou a ser apontado como o “motor econômico” da América do Sul pela consultoria Off-Highway Research recentemente. A empresa costuma analisar anualmente as expectativas de vendas de equipamentos pesados de construção no mundo e prevê que o nosso mercado deve impulsionar o crescimento de 3% para toda a região neste ano.
O Chile e o Peru também devem contribuir fortemente para isso, e praticamente toda a região sulamericana deve comprar mais equipamentos do que no ano passado, exceto a Argentina, cuja queda é prevista em 40%.
Voltando ao Brasil, os exemplos de cidades com grandes volumes de obras começam a se destacar, principalmente em São Paulo.
Em uma entrevista para a Revista da Apelmat, o prefeito Ricardo Nunes contabilizou, por exemplo, que há mais de 1,3 mil obras em andamento na cidade. Isto demanda investimentos de R$ 3,9 bilhões.
Pertinho da capital, a cidade de Guarulhos também virou destaque após o IBGE validar que, entre 2016 e 2021, o PIB per capita da cidade cresceu 16,27%, chegando a R$ 55.084,00. Ainda é pouco, sabemos, mas isso coloca Guarulhos entre as dez cidades com melhor PIB per capita do Brasil.
E parte disso está relacionado com a infraestrutura. Afinal, é em Guarulhos que ocorrem as obras de modernização da Rodovia Presidente Dutra - estimadas pela CCR RioSP em R$ 2 bilhões a serem aplicados até 2025.
Campinas, Osasco, Ribeirão Preto e outras cidades com mais de 500 mil habitantes surgem diariamente nos noticiários setoriais com projetos de infraestrutura também, confirmando que o movimento positivo é amplo, apartidário e virtuoso para um ciclo que é revigorado em grandes eventos, como a Paving Expo, marcada para acontecer entre 22 e 24 de outubro no Expo Center Norte.