BNDES estimula produção de equipamentos para energia solar
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) já tem 20 equipamentos de energia solar credenciados na linha de Financiamento de máquinas e equipamentos (Finame), produzidos por 17 fabricantes. Com isso, o banco estimula a presença da fonte solar na matriz energética brasileira.
Do total, cinco credenciamentos são para indústrias nacionais que produzem localmente painéis fotovoltaicos para geração solar. Outros sete credenciamentos envolvem fabricação de inversores. Outros dois estão voltados à fabricação de trackers (equipamentos que permitem direcionar o painel fotovoltaico de forma a acompanhar o movimento do sol e melhor aproveitar a irradiação solar). Há cinco credenciamentos para fornecedores de sistemas fotovoltaicos e um para a chamada stringbox (caixa de conexão central).
No processo de credenciamento, o BNDES verifica se o fabricante cumpre as exigências de conteúdo nacional mínimo, pré-condição para que os equipamentos possam receber financiamento do banco.
Dos cinco fabricantes de painéis solares já credenciados, um tem capacidade para fornecer sistemas de grande porte, voltados para atender à demanda dos leilões e de geração distribuída. Os outros quatro estão dedicados a sistemas de pequeno porte, como placas solares para instalação em residências ou em estabelecimentos comerciais.
Além disso, o BNDES está em processo de credenciamento de mais quatro fabricantes de painéis fotovoltaicos, sendo três empresas de origem estrangeira e uma brasileira. Uma vez instaladas suas unidades de produção, terão capacidade de produção de 1 gigawatt por ano, que é aproximadamente o que foi contratado em cada um dos leilões de energia solar já ocorridos no Brasil.
Há ainda fornecedores credenciados no Cartão BNDES, tanto de módulos fotovoltaicos quanto de outros componentes, como estruturas fixas de sustentação e inversores.
Já existem no banco projetos em fase de consulta e enquadramento, com estimativa de que esse fluxo aumente ao longo de 2016. A expectativa do BNDES é que a energia solar siga a mesma trajetória da eólica, que já tem participação de 6% na matriz elétrica brasileira. Os desembolsos do Banco para o setor eólico deverão atingir este ano cerca de R$ 8 bilhões, com aumento de 15% na comparação com os R$ 6 bilhões de 2015.