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Congresso de Energia irá debater segurança e desenvolvimento econômico

Matéria publicada no Correio do Brasil - 17 de julho de 2013 1251 Visualizações
Congresso de Energia irá debater segurança e desenvolvimento econômico
 
Segurança Energética e Desenvolvimento Econômico serão os temas oficiais do XV Congresso Brasileiro de Energia, a ser realizado de 22 a 24 de outubro, no Centro Empresarial da Firjan, no Rio de Janeiro, promovido e organizado pelo PPE – Programa de Planejamento Energético da COPPE/UFRJ.
A edição especial do evento comemora os 50 anos da COPPE/UFRJ, o Instituto Alberto Luiz de Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia, na solução de problemas concretos da sociedade brasileira. É o momento de autoridades, empresários e especialistas em energia discutirem os caminhos para ampliar a segurança da matriz energética brasileira e reduzir as emissões de CO² na atmosfera.
Coerente com o meio século vanguarda da COPPE/UFRJ que leva o nome de seu fundado na pesquisa em áreas da maior importância para o desenvolvimento científico e tecnológico brasileiro, o presidente do XV CBE, Prof. Luiz Pinguelli Rosa, e o Coordenador Geral do evento, Prof Marco Aurélio dos Santos, destacaram que os temas da política energética em debate e os trabalhos técnicos que deverão refletir as preocupações e os esforços atuais da comunidade científica e acadêmica brasileira na busca de soluções para o setor energético.
Energia e petróleo em destaque
Nos três dias de discussão do Congresso, em diversos painéis, serão avaliadas as novas perspectivas e os desafios do setor energético brasileiro, sob a ótica das novas regras para as tarifas de energia.
Serão as fontes renováveis de energia, como a solar e a eólica, uma alternativa viável para as necessidades de equilíbrio do meio ambiente, sem agravar os problemas das mudanças climáticas?
Segundo o Professor Marco Aurélio dos Santos o país necessita de uma nova mentalidade que busque as necessidades de conciliação entre a exploração do potencial de geração de energia limpa e o desenvolvimento econômico no país. Neste contexto, qual será o cenário futuro para projetos de exploração do carvão mineral no Brasil? A geração distribuída, mediante criterioso planejamento e inovadores modelos energéticos, também poderá ser uma alternativa?
Pré-Sal
Outro tema em destaque são os desafios para a exploração das imensas reservas de petróleo do Pré-Sal. O Brasil e a Petrobras dispõem de tecnologia e de recursos na cadeia produtiva do petróleo para explorar essa riqueza em todas as suas dimensões, das atividades de exploração e produção ao refino?
Até que ponto a concorrência de novas fontes fósseis, como o gás de xisto dos Estados Unidos e o petróleo das áreas arenosas do Canadá, podem ter algum impacto na economia mundial e na competitividade do gás natural associado e não associado?
O professor Pinguelli Rosa destaca que todas estas questões serão amplamente debatidas nos seus aspectos políticos, regulatórios, tarifários e institucionais, sem descuidar das opções para a interligação de fontes de geração regional ao sistema de integração energética. Num país tão extenso como o Brasil é preciso encontrar meios eficientes para a convivência entre um sistema de universalização da energia elétrica e sistemas isolados, em regiões remotas.
As inovações tecnológicas na energia – como as redes inteligentes (smart grids), que agregam a tecnologia da informação em sensores nas linhas da rede de energia elétrica – poderão dar sua contribuição, assim como as tecnologias para armazenamento de energia, acredita o coordenador do evento, professor Marco Aurélio dos Santos.
Até que ponto as modificações no Código Mineral Brasileiro, melhoraram as perspectivas para a exploração de recursos minerais energéticos no país. Qual o futuro da mineração de Urânio no Brasil? E qual a importância futura da energia nuclear no país, diante do atraso da construção da Usina Nuclear de Angra III e da redobrada cautela em todo o mundo após os vazamentos causados pelo terremoto na Usina de Fukujima, no Japão?
Meio Ambiente
Ainda Segundo o professor Marco Aurélio dos Santos, o meio ambiente deverá ter um papel fundamental na viabilidade de novos empreendimentos no futuro. Ele aponta para o fato da reversão do ritmo de emissões de gases de efeito estufa derivado do desmatamento e o aumento significativo das fontes energéticas na matriz de emissão de gases do país. Para o professor, o planejamento da expansão deve observar seriamente esta tendência, pois a questão poderá se intensificar em um futuro próximo. Ele aponta a questão da construção das plantas eólicas sem interconexão com o sistema, a redução do papel da hidreletricidade (reservatórios de acumulação de água plurianuais) na matriz energética como um dos pontos nevrálgicos deste dilema.
Outra questão importante é a pressão social que se exerce sobre a construção de novos empreendimentos, sobretudo na Amazônia. Há riscos sérios de bons projetos não serem levados adiante sob a égide de impactos sociais e ambientais na região.