Oficina de Bioconstrução ensina a construir casa com baixo impacto ambiental
Ciclo Vivo
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26 de abril de 2018
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A Oficina de Bioconstrução, nos dias 19 e 20 de maio, no Sítio Pau d’ Água, em Piracaia, a apenas 90 Km de São Paulo, quer despertar um “novo olhar para a construção de casas e para o próprio significado da moradia”. Para isso, o permacultor Edilson Cazeloto propõe um desafio real aos participantes: construir uma moradia coletiva sustentável para abrigar três famílias no próprio Sítio.
A bioconstrução se baseia no princípio de que é possível construir sua própria casa com um impacto ambiental muito baixo, muitas vezes utilizando técnicas ancestrais e com matéria prima local, sempre que possível. Durante a oficina, os participantes vão aprender duas técnicas com barro (pau a pique e cob) e o reboco natural a base de tapioca e esterco de vaca. “Em dez anos de experiência, acredito que são as duas técnicas mais eficientes para a região onde está o sítio”, afirma.
O pau a pique (taipa de mão ou taipa de sopapo) consiste no entrelaçamento de madeiras verticais fixadas e horizontais, geralmente bambus, que são preenchidas com barro amassado misturado com palha seca. Já as paredes de cob, que são quase tão resistentes quanto o concreto, costumam ser feitas somente de barro argiloso adicionado de um pouco de palha e água. A vantagem é que a palha é muito abundante na região e pode ser conseguida gratuitamente.
Construindo a casa com as próprias mãos
Ao colocar as mãos e os pés no barro, cada participante é convidado a refletir sobre o que seria uma construção sustentável nos dias de hoje. “Uma casa sustentável é aquela que, além de ingredientes não agressivos ao meio ambiente, o dono deixou suas marcas nas paredes”, afirma. “A casa sustentável é uma casa que qualquer ser humano possa ter, desde que, com isso, ele não roube o direito de outro ser humano de ter sua própria casa”.
Uma das partes mais divertidas da Oficina de Bioconstrução é amassar o barro com os pés descalços. Vira uma festa. As pessoas se abraçam, cantam, dançam. Por trás da farra, existe a técnica. Ao pisar no barro, as pessoas sentem a textura da massa que se forma e percebem se está ela pronta para ser usada na parede. “Se não for divertido, não é sustentável”, diz Cazeloto.
Oficina de Bioconstrução
Valores: São 4 opções de inscrição (refeição inclusa): R$ 280 (sem hospedagem), R$ 300 (camping), R$ 330 (alojamento coletivo), R$ 390 (quarto na Ecovila Clareando), R$ 750 (chalé para casal).
Inscrições: cursos@kaminaricomunicacao.com.br
Whatsapp: (11) 9.7130-3335
SYMPLA: https: //www.sympla.com.br/oficina-de-bioconstrucao__255044