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8 Materiais biodegradáveis que o setor da construção civil precisa conhecer

ArchDaily - 10 de maio de 2018 1562 Visualizações
8 Materiais biodegradáveis que o setor da construção civil precisa conhecer
Na arquitetura, estamos tão envolvidos na criação de coisas novas que muitas vezes esquecemos o que acontece no final do ciclo de vida de um edifício - a infeliz e inevitável demolição. Podemos querer que nossos prédios sejam atemporais e vivam para sempre, mas a dura realidade é que eles não são. Então, para onde espera-se que todo o lixo vá?
Assim como a maioria dos resíduos não recicláveis, eles acabam nos aterros e, como a terra necessária para esse tipo de infraestrutura torna-se um recurso cada vez mais escasso, precisamos encontrar soluções alternativas. Todos os anos, apenas no Reino Unido, 70 a 105 milhões de toneladas de resíduos são criados a partir da demolição de edifícios, e apenas 20% disso é biodegradável, de acordo com um estudo realizado pela Universidade de Cardiff. Com um projeto inteligente e uma melhor percepção dos materiais biodegradáveis disponíveis na construção, cabe a nós, arquitetos, tomarmos as decisões corretas durante toda a vida útil de um edifício.
Cortiça
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© Adria Goula
A cortiça é uma espécie de superalimento dos materiais de construção, tanto que já escrevemos um artigo inteiro sobre ela. A colheita da cortiça é um processo completamente renovável que não causa danos à árvore que, naturalmente, regenera-se após dez anos. O material também possui muitas propriedades desejáveis como ser um retardador de fogo, isolante acústico e ser altamente impermeável. Suas qualidades adaptativas podem ser utilizadas para finalidades internas e externas.
Bambu
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© Alberto Cosi
Talvez uma das maiores manias arquitetônicas dos últimos anos, inúmeros projetos de bambu foram compartilhados pela a Internet graças às qualidades estéticas do material, mas ainda mais por suas credenciais sustentáveis. Se você precisasse de um pequeno lembrete sobre o porquê ele ser tão popular, o bambu pode crescer até 1,20 m por dia, a planta volta a crescer após o corte, e é duas a três vezes mais forte que o aço. Como já publicamos aqui, se projetássemos um material de construção ideal, ele se pareceria com o bambu.
Areia do deserto
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Objetos feitos de finito, um material desenvolvido por estudantes do Imperial College London usando areia do deserto.. Image © Finite
Recentemente desenvolvido pelos alunos Carolyn Tam, Hamza Oza, Matteo Maccario e Saki Maruyama no Imperial College London, o Finite é um material compósito comparável ao concreto que usa areia do deserto abundante em vez da areia  normalmente usada na construção (e que agora está em escassez). É um material biodegradável que, ao mesmo tempo, está salvando o mundo da próxima crise de sustentabilidade. Ao contrário do concreto que não pode ser biodegradado, os aglutinantes orgânicos da Finite permitem que ele não apenas se decomponha, mas também possa ser coletado e reutilizado por vários ciclos de vida, reduzindo o consumo de material.
Linóleo
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© Dietmar Fiechtinger Architectes
Surpreendentemente, o revestimento do piso é muito mais ecológico do que parece. Não deve ser confundido com vinil que contém uma mistura sintética de produtos petroquímicos clorados, linóleo é feito inteiramente de materiais naturais - óleo de linhaça, resina natural, pó de cortiça moída, farinha de madeira e calcário em pó. Resulta em uma escolha de piso biodegradável podendo ser incinerado para fornecer uma fonte de energia relativamente limpa.
Bioplásticos 
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© Iwan Baan
À medida que o plástico se acumula em nossos oceanos e rios, torna-se imperativo que nós reduzamos nosso consumo e encontremos alternativas mais limpas e biodegradáveis. Os bioplásticos quebram-se muito mais rapidamente que o plástico sintético - na mesma velocidade que o papel - e produzem biomassa. Um dos principais ingredientes utilizados é um adesivo à base de soja que ajuda a reduzir as emissões de dióxido de carbono e o uso do poluente formaldeído cancerígeno, além de exigir temperaturas significativamente mais baixas durante a produção. Embora até agora os bioplásticos de soja tenham sido limitados a recipientes para alimentos descartáveis e sacos de lixo, com mais pesquisas, certamente há potencial para plásticos biodegradáveis serem vistos no futuro da construção.
Medium Density Fibreboard (MDF) com amido de batata
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© Ilya Ivanov
Como mencionado acima, o formaldeído é um material controverso que levantou muitas questões ao longo dos anos por conta dos seus efeitos na saúde e no meio ambiente. Como o adesivo de ligação primário do MDF usa este produto químico, ele não pode ser reciclado e a enorme quantidade de MDF usado em expositores de lojas e móveis é despejada em aterros sanitários ou em incineradores. Para resolver o problema, novas formas de painéis de fibras de densidade média foram estudadas pela Universidade de Leicester que substituem o formaldeído por uma resina derivada do amido de batata.
Madeira
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Cortesia de FSC Denmark
Pode não ser uma revelação completa para você, mas a madeira é um material biodegradável e renovável desde que explorado de forma sustentável. No entanto, quando usado na construção, o tratamento da madeira deve ser levado em conta, uma vez que grande parte dele acaba como um resíduo especial que requer tratamento extra antes de ser destinado aos aterros sanitários - um processo desnecessário que pode ser prevenido.
Micélio
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© Cecil Barnes V
Acompanhando projetos recentes que exploraram os benefícios deste material curioso, micélio cresceu em popularidade, ainda que seu uso ainda fique limitado a pavilhões temporários ou instalações. Micélio é a parte vegetal do fungo, composto por centenas de fibras entrelaçadas produzidas pelos esporos, conformando um material incrivelmente forte quando seco. Se combinado com resíduos agrícolas em moldes, a cultura do fungo forma tijolos orgânicos que podem ser usados em construções que depois se decompõem e retornam ao ciclo do carbono.