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Aço viabiliza estrutura arrojada

CBCA - 30 de maio de 2018 1407 Visualizações
Em fase de construção, o Pátio da Marítima, primeiro edifício do premiado arquiteto inglês Norman Foster no Brasil, destaca-se na paisagem da região portuária do Rio de Janeiro por ostentar faces angulosas. O aço foi escolhido como o principal elemento da complexa estrutura, permitindo a execução precisa dos pilares inclinados
O edifício corporativo Pátio da Marítima é composto por duas torres sinuosas conectadas pelo topo (a primeira está prevista para ser concluída este ano; já a outra em 2020). Quem vai à zona portuária da capital fluminense, mais especificamente à área de requalificação e revitalização urbana Porto Maravilha, é impactado pela ousada arquitetura proposta pelo escritório Foster + Partners, sediado em Londres, que assina projetos consagrados mundialmente como a Torre Hearst, em Nova York, e o arranha-céu londrino 30 St Mary Axe. O empreendimento do Rio tem 140 mil metros quadrados de área – 21 andares de escritórios e cinco subsolos – e conta com uma concepção estrutural complexa, baseada em linhas de vértices que se encontram de modo preciso em forma de V e Y. Assim, há diferenças entre os pavimentos sucessivos e pilares inclinados, que provocam excentricidades de até 21 metros em relação à base. Os pavimentos chegam ater 3,8 mil metros quadrados de área, compilares apenas na periferia e no core. Já o lobby usufrui de pé-direito de 8,5 metros. Exceto pelo núcleo de elevadores e escadas, construído em concreto armado, a estrutura é toda metálica, com lajes executadas em steel deck. Para garantir qualidade e exatidão na montagem das linhas de vértices e fachadas, a opção foi por pilares inclinados de aço. “Seria muito complexo obter a forma desejada para o edifício caso ele tivesse estrutura de concreto. Em aço foi mais simples”, revela Anibal Sabrosa, titular do RAF Arquitetura, escritório brasilei-ro contratado pela incorporadora TishmanSpeyer para auxiliar no desenvolvimento de estudos do projeto, da concepção até o executivo. O arquiteto acrescenta também que o aço foi essencial para garantir a leveza almejada, principalmente no sky lobby. O RAF possui outros projetos no Porto Maravilha, como as estações do VLT da Central do Brasil e oretrofit do Moinho Fluminense, que terá importantes elementos em aço. Produzidas a partir de projeto em 3D, as peças de aço de 12 a 16 metros de comprimento e ligações parafusadas permitiram, ainda, uma execução mais limpa, segura e veloz, além de redução de custos total da obra do Pátio da Marítima. Para saber mais sobre essa obra, acesse o site do CBCA em: www.cbca-acobrasil.org.br/site/publicacoes-revistas.php.
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1 - A principal característica da estrutura são as mega colunas inclinadas junto às fachadas compostas por painéis unitizados e vidro de alto desempenho.
2 - As estruturas em aço são fixadas com tirantes metálicos, do quarto pavimento para baixo.
Saiba mais em abece.com.br/Revista_estrutura/Edicao5/files/assets/basic-html/index.html