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SEED é novo conceito de moradia que une urbanidade à Mata Atlântica no meio de São Paulo

Jornal Dia Dia - 14 de junho de 2018 1032 Visualizações
SEED é novo conceito de moradia que une urbanidade à Mata Atlântica no meio de São Paulo
A maioria das pessoas sonha em viver em um ambiente que una harmoniosamente a modernidade do cenário urbano à qualidade de vida e bem estar de ambientes naturais. Graças a um novo conceito em cidade verde, isso já é possível. Um bom exemplo é o SEED, um empreendimento de moradia urbana, inédito no Brasil, e no mundo, que utiliza o conceito de “Florestas de Bolso”, que permite criar trechos de floresta nativa em áreas urbanas de no mínimo 5m², desenvolvido pelo botânico e paisagista Ricardo Cardim. A proposta é criar um prédio residencial com fachada de Mata Atlântica, uma referência que ditará o futuro dos projetos ambientais sustentáveis no mundo todo. O residencial está sendo construído pela incorporadora Gamaro, e toda a parte de irrigação está sob responsabilidade da Regatec, empresa que possui 28 anos no mercado de irrigação sustentável.
O SEED é um projeto residencial de 18 andares na Vila Olímpia, bairro nobre de São Paulo, com apartamentos entre 81 e 84 m². O empreendimento é uma parceria que pretende mudar o que entendemos por cidade verde, sendo exemplo mundial de construção sustentável. Cardim, ao desenhar o projeto, indicou a Regatec por sua experiência, alta tecnologia e capricho necessários para um empreendimento tão sensível quanto o de colocar árvores grandes em alturas elevadas, mantendo-as vivas, belas e em crescimento no céu de uma grande metrópole. “Para nós, da Regatec, participar desse projeto é uma honra. Estamos tendo a possibilidade de contribuir tecnicamente com um projeto totalmente disruptivo na arquitetura”, celebra Danny Braz, fundador da Regatec.
A proposta do projeto é mostrar que a cidade do futuro não é cinza, e os prédios podem – e serão – abraçados pela floresta nativa das regiões. “A Floresta de Bolso é um projeto maior do que sua proposta paisagística. Ele tem pretensão pública. Seu objetivo é resgatar a vegetação original do terreno paulistano, devolvendo à metrópole sua biodiversidade natural, porém inserida no cotidiano das pessoas”, explica Cardim. “Hoje temos um paisagismo muito atrasado em termos de sustentabilidade. Cerca de 90% da vegetação urbana é de origem estrangeira, e isso tem um forte impacto tanto no equilíbrio dos ecossistemas quanto na cultura dos moradores, que não conhecem a biodiversidade de sua região, que no Brasil, é a maior do mundo”.
O SEED só terá plantas que são nativas, mas que, em sua maioria, não povoam São Paulo há quase 200 anos. Serão quatro variações de floresta na fachada, dando a impressão de uma montanha coberta por verde: a Serra do Mar, que recria a estética natural da serra; a Mata Atlântica Florida, que traz flores nativas para a área do terraço; a Mata Atlântica Frutífera, que possibilita o cultivo de um pequeno pomar; e a Mata Atlântica Pássaros, que visa atrair a diversidade aviária da região de volta para seu local natural.
A ideia é que exista beleza, mas também haja sustentabilidade possibilitada pela tecnologia, que garante segurança ao morador, além de uma vida verde em harmonia. Um ponto de importância é o uso inteligente da água, que através dos sistemas de irrigação da Regatec, conseguem captar e armazenar água da chuva e ainda irrigar cada planta de acordo com sua necessidade natural e com o clima sazonal. Isso garante o proveito total das épocas chuvosas do ano (cerca de oito meses por ano). O prédio foi pensado em cada sistema para agir como um organismo vivo dentro da metrópole. “Não é possível criar algo dessa magnitude, sem considerar sua possibilidade prática, e a irrigação baseada em água da chuva possibilita isso”, comenta Braz.
O SEED visa ser um verdadeiro oásis de qualidade de vida tanto para seus moradores quanto para as cidades do entorno. O terraço trará redução de temperatura e da poluição sonora, aumento da umidade do ar, redução de impacto das chuvas, reciclagem de gases tóxicos, além de ajudar a combater pragas urbanas, como insetos. O conceito é inédito em climas tropicais. O único prédio que se assemelha ao SEED é o Bosco Verticale, que fica em Milão, na Itália, e possui árvores temperadas da região.
Há muita tecnologia tornando possível essa construção. “Trabalhamos com túneis de vento, todo um sistema de amarração, tecnologia de substrato, de irrigação, tudo agindo em uníssono para tornar o prédio seguro, funcional e estético”, relata Cardim. “Quero que o SEED seja um exemplo do que nossas cidades podem ser nesse novo século da urbanização”. É a união da paisagem ancestral com o conforto da modernidade. “É poder usar seu smartphone e navegar na internet, enquanto come uma fruta colhida no pomar de casa que existia apenas no quintal de seu tataravó porque não são mais plantados há anos”.
O prédio está cerca de 65% pronto. As vendas foram muito rápidas, mesmo em um ano de crise, inclusive por compradores que buscavam ter mais de um imóvel para desfrutar de mais facetas com florestas diferentes. “Esse projeto evidencia a necessidade cada vez maior de trazer a natureza para o dia a dia das pessoas. Nesse sentido, nada melhor que um bom projeto de irrigação para proporcionar uma beleza sustentável e adaptável aos grandes centros urbanos”, finaliza Braz.