Método Steel Frame se destaca por garantir obras mais rápidas e sustentáveis
Redação EC
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21 de junho de 2018
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Iniciado na Alemanha e disseminado para outros países a partir da década de 50, o Steel Frame chegou timidamente ao Brasil, em 2003, e só nos últimos cinco anos que começou a se tornar mais conhecido. Para quem ainda não ouviu falar, esta técnica se caracteriza por ser um sistema construtivo industrializado, em que o principal material estrutural é o aço galvanizado, ao invés de tijolo e cimento, tão presentes na construção civil tradicional.
Apesar deste modelo ser popularmente conhecido apenas como Steel Frame, existem dois tipos diferentes: o Steel Frame, formado por aço pesado (acima de 2,0mm) e comum na construção de pontes e o Light Steel Frame, constituído por perfis de aço formados a frio por meio de dobramento e perfilhamento de tiras de aço galvanizado, que garantem um material mais leve, com cerca de 0,8 e 2mm. Este último modelo é mais utilizado para construções de casas no Brasil.
De acordo com o arquiteto do escritório MG Arquitetura, Thiago Manarelli, o fato do aço galvanizado ser um material 100% reciclável, torna o Steel Frame uma opção mais sustentável para o mercado. “Vale analisar que estamos em um momento global em que é importante rever nossas ações e optar, realmente, por soluções que não agridem o ambiente”, ressaltou. Ele ainda explica que a técnica garante uma obra extremamente rápida, uma vez que o material chega praticamente pronto ao canteiro de obras, sendo necessário apenas “montá-lo”. Logo, outro diferencial deste método é que ele gera 85% menos entulhos se comparado com as obras que não seguem o estilo construtivo.
A arquiteta Ana Paula Guimarães, que trabalha ao lado de Manarelli na MG Arquitetura, observa que, por todas essas qualidades, o Steel Frame vem, de maneira tímida, se consagrando como uma tendência no Brasil. “Hoje, apenas 5% das obras são feitas com Steel Frame, porém, na nossa concepção, e com base no que conversamos com profissionais da área e com os próprios clientes, a chance é de que mais obras sejam feitas por meio do Steel Frame em nosso país”, complementa. Ana Paula sinalizada que apesar de este não ser um sistema barato, ele está ficando mais em conta, dependendo do porte da obra.
Sustentabilidade em jogo
Quem também defende a utilização do Steel Frame é o arquiteto da GDL Arquitetura, Gabriel de Lucca. Para ele, as novas legislações relacionadas ao programa de sustentabilidade tendem a fazer com que o mercado migre para métodos construtivos onde o desperdício de materiais e recursos naturais seja minimizado.
“Hoje, já podemos ver o Steel Frame empregado em obras residenciais e comerciais, escolas, hospitais, galpões, hotéis e coberturas”, lista Lucca. Um exemplo, é o “Recinto do Bosque”, ambiente criado por ele para a CASACOR 2018, principal mostra arquitetônica do país. Com 26m2, o projeto foi executado utilizando perfis de aço, além de placas cimentícias para o fechamento. Veja algumas imagens abaixo!
Créditos das imagens: Felipe Araujo