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Infraestrutura figura entre as macrotendências mundiais para os próximos anos

Redação EC - 21 de setembro de 2018 898 Visualizações
Infraestrutura figura entre as macrotendências mundiais para os próximos anos
Considerando as grandes transformações que o mundo tem passado, que vão desde o crescimento da renda e das populações até as mudanças do modo de produzir, consumir, se locomover e se relacionar, um estudo liderado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) apresentou oito megatendências de longo prazo, a nível global, que moldarão a indústria e que são oportunidades para as empresas brasileiras crescerem. Ao lado de pautas como o aumento das tensões geopolíticas e o envelhecimento da população, a infraestrutura moderna e competitiva ganhou destaque na pesquisa.
Com base no cenário atual, composto por países em que ferrovias e portos estão obsoletos e precisam ser modernizados, como Estados Unidos e Europa, e países em que, além de obsoletos, precisam se expandir para que possam competir internacionalmente, como acontece na América Latina, a pesquisa apontou três tendências principais que nortearão os avanços em infraestrutura. São eles: modernização dos transportes; modernização dos setores de energia e telecomunicações; e infraestrutura social, como educação. No que tange a modernização dos transportes, por exemplo, o monitoramento em tempo real de mercadorias do transporte rodoviário poderia reduzir em até 25% dos custos. Já a escolha inteligente de rotas traria uma redução de até 20%.
Segundo o estudo, apresentado pelo representante do Departamento de Competitividade e Tecnologia da Fiesp (Decomtec), José Ricardo Roriz Coelho, a infraestrutura pode ser o principal driver de crescimento a curto e médio prazo, já que é imprescindível para o desenvolvimento das tecnologias da indústria 4.0. “A Indústria 4.0 depende da modernização da infraestrutura brasileira, sobretudo a de comunicações, pois depende essencialmente da interconexão entre fábricas e consumidores. É imprescindível que se possam armazenar, processar e comunicar elevadas quantidades de dados, acessíveis de qualquer lugar”, ressaltou.
De forma geral, a pesquisa da FIESP apontou que a infraestrutura brasileira atual se encontra insuficiente e defasada, com um transporte desatualizado. Além de oportunidades para avançar nesta área, há também boas perspectivas em telecomunicações, com o desenvolvimento de tecnologias auxiliares na expansão de sistemas em áreas remotas, que são pouco exploradas por países desenvolvidos. As principais restrições, no entanto, ainda giram em torno da insegurança jurídica e do lado fiscal, já que os investimentos em infraestrutura são geralmente feitos por empresas em conjunto com governos.