Cooperação científica entre Brasil e União Europeia será fortalecida em 2021
A cooperação produtiva em diversas áreas do saber científico entre Brasil e União Europeia deve aumentar a partir de 2020, quando entrará em vigor um novo plano de investimentos do bloco europeu. Na última quarta-feira (10), o seminário Horizontes da cooperação em pesquisa e inovação entre o Brasil e a União Europeia contou com a participação do ministro conselheiro da União Europeia no Brasil, Alejandro Zurita, que cedeu detalhes sobre os novos planos, além de abordar também os acordos que envolvem instituições de pesquisa científica no Brasil, como a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap).
A partir de 2021, o plano Horizonte Europa deve começar a fazer investimentos que alcançarão, em 2027, 100 bilhões de euros em atividades relacionadas às ciências e tecnologias, com diversas oportunidades para acadêmicos nacionais. A iniciativa tem como cerne a ciência aberta, os desafios globais e a competitividade do mercado industrial.
“Ciência e tecnologia é a nossa terceira maior política em termos de orçamento e a parceria entre Brasil e União Europeia é uma das nossas prioridades estratégicas. Temos dois acordos governamentais de cooperação e atividades bilaterais em áreas muito diversas como Tecnologias da Informação e Comunicação, infraestrutura, saúde, inovação. É uma parceria proveitosa para as duas partes”, afirmou Zurita.
Para Luís Felipe Fortuna, chefe da Assessoria Internacional do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), a pesquisa de ponta tem sido beneficiada pelos acordos. “O Brasil tradicionalmente manda para o exterior um número considerável de estudantes que se concentram em países da UE. É uma relação que se expande cada vez mais e se concentra em áreas de pesquisa de ponta. Não há uma área de concentração, indo da nanotecnologia ao setor espacial. E a gente prefere que seja assim: uma cooperação forte e diversificada”, disse Fortuna.