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Sabesp testa equipamento de recuperação asfáltica inédita no Brasil.

Texto publicado no O Serrano - 09 de outubro de 2013 1552 Visualizações
Sabesp testa equipamento de recuperação asfáltica inédita no Brasil.
 
Buracos causados por obras realizadas pela Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp) provocam grande insatisfação por parte da população no Estado e constantemente é alvo de reclamações. A Companhia cumpre com a responsabilidade necessária advinda de suas obras, entretanto, os métodos convencionais usados para tapar os buracos não estavam sendo tão satisfatórios. A solução encontrada pela Sabesp foi testar a solução asfáltica da empresa catarinense SolPav Pavimentações, que utiliza asfalto fresado e recupera a via rapidamente e com qualidade.
Durante toda a manhã da última quinta-feira, 3/10, a Companhia realizou testes em Itapetininga, interior paulista, na Rua Pedro Marques (rua ao lado da delegacia). Durante duas horas foram recuperados 25 metros², mesmo com o tempo nublado. Logo após a recuperação, a equipe de Infraestrutura da Sabesp constatou e aprovou a eficiência da tecnologia da SolPav, pois mesmo com o temporal que caiu em seguida ao teste, a via não sofreu com infiltrações, um problema antigo da cidade.
Sobre o Asfalto Verde
A tecnologia de reparo infravermelho é inédita no Brasil e utilizada com sucesso nos Estados Unidos e Alemanha há mais de 40 anos, oferecendo recuperações ágeis e eficientes de alto desempenho em diversos tipos de vias e rodovias. Ao contrário do reparo convencional, que requer a remoção de asfalto antigo de um local e sua substituição por asfalto novo, à nova tecnologia de infravermelho acelera a reparação por aquecimento, fusão e compactação de asfalto fresado, otimizando a utilização de equipamentos, mão de obra e material.
A máquina  desenvolvida pela SolPav restaura o local em no máximo dez minutos, sem causar poluição sonora ou danos ao meio ambiente, utilizando no máximo três pessoas durante o processo e liberando o fluxo do trânsito em seguida, para tráfego normal. O novo sistema sela trincas e buracos sem deixar nenhum desnivelamento no trecho. O calor gerado pelo infravermelho penetra de forma rápida e profunda no asfalto, fazendo com que ele mude seu estado de sólido para maleável. O processo de aquecimento atinge uma temperatura de até 170 graus. Após alcançar a consistência ideal, é adicionada a emulsão asfáltica necessária para que o local se recupere, através da perfeita fusão, sem fissuras, costuras ou defeitos entre o novo e o antigo pavimento.
Com esse processo não há necessidade da aquisição de novo asfalto. Caso a fenda seja muito extensa ou profunda, ainda pode-se usar material que já foi descartado há mais tempo sem perder a qualidade no processo, como aponta Luis Renato Bischoff, diretor da SolPav Pavimentação: “Já fizemos uma intervenção em uma das ruas da cidade e o resultado foi excepcionalmente satisfatório.  Conseguimos reaproveitar muito do asfalto que já estava na via, o temido passivo dos cofres públicos que gera custos administrativos, mesmo sendo um asfalto de quase 20 anos. Graças à tecnologia de infravermelho e ao superaquecimento, o material mantém a qualidade e apresenta uma maior durabilidade, por pelo menos 12 meses”, ressalta.
A máquina da SolPav permanece em Itapetininga durante esta semana (14 a 18/10), quando Luis Renato Bischoff terá outros encontros e reuniões com representantes de municípios interessados na tecnologia. A primeira cidade brasileira a fazer uso da tecnologia no país foi Lages, na Serra Catarinense.