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Dobradura de papel vira elemento de controle solar em laboratório da Univali

por Wagner José Mezoni - 13 de dezembro de 2018 1470 Visualizações
Dobradura de papel vira elemento de controle solar em laboratório da Univali

Desenvolvida pelo Laboratório de Conforto Térmico do curso de Arquitetura e Urbanismo da Univali, em Florianópolis, técnica acessível controla iluminação natural e garante melhoria do desempenho térmico

Florianópolis - Alunos e professores do Laboratório de Conforto Ambiental (Laca) do curso de Arquitetura e Urbanismo do Campus da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), em Florianópolis, desenvolveram uma solução criativa, bonita, barata e que pode ser reproduzida em casa para impedir a incidência direta de radiação solar. Trata-se de quebra-sóis, conhecidos como brise-soleil, feitos a partir de dobraduras de papel.
 
Normalmente esse tipo de dispositivo arquitetônico integram as fachadas das edificações. Na solução desenvolvida por Rafael Prado Cartana, professor e coordenador do Laca/Univali, e aplicada pelo grupo de alunos do laboratório, folhas de papel A3 foram dobradas no formato de um deltoide com lados iguais ou, simplesmente, como uma pipa vista de frente. 

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A peça é, no entanto, tridimensional, com uma área vazia no meio. Ela é completada por duas abas que se ligam no verso. É essa parte que vai presa por adesivo, até por conta da natureza do material, na parte interna dos vidros dos ambientes que se quer proteger. A dobradura é relativamente simples. Basta seguir os seguintes passos: 

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São usadas aproximadamente 25 dobraduras por metro, dependendo da disposição. Como a área é voltada para o lado Oeste, nas tardes de verão o Sol bate diretamente na sala do laboratório. Assim, por meio de modelagens e simulações computacionais o grupo calculou qual o efeito da aplicação dos modelos na janela do espaço. 

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Além disso, foram realizadas medições de transmissão luminosa em um protótipo, antes da instalação definitiva dos brises propostos garantindo, assim, o bom desempenho da solução, combinando métodos analógicos e digitais no processo de projeto. 
 
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Cartana conta que com a redução da entrada do Sol, diminuiu-se, também, a necessidade de uso do ar-condicionado, garantindo o apelo ecológico da iniciativa: Os elementos de controle solar, quando corretamente aplicados, podem contribuir significativamente com o conforto e a eficiência energética dos ambientes. No teste realizado no laboratório, o benefício foi além do conforto visual. Como o material utilizado garante a permeabilidade solar com um sombreamento translucido, adequamos a iluminação e melhoramos o desempenho térmico da sala nos horários da tarde, resume.