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BNDES investirá mais em infraestrutura

Texto publicado no Estadão - 16 de outubro de 2013 1159 Visualizações
BNDES investirá mais em infraestrutura

Apesar dos sucessivos adiamentos de leilões e do receio de algumas licitações terminarem nos tribunais, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aposta que o Programa de Investimentos em Logística (PIL) elevará a participação dos projetos de rodovias, aeroportos, ferrovias e portos em seu portfólio.
A projeção é que a fatia desses projetos suba dos atuais 33,3% para 50% dos desembolsos em 2015, projetados em R$ 40 bilhões pela Área de Infraestrutura (AIE, responsável por projetos dos setores elétrico e logístico). Dos R$ 28,5 bilhões previstos para este ano, R$ 19 bilhões serão liberados para o setor elétrico e R$ 9,5 bilhões (33,3%) para logística.
A tendência, segundo o superintendente Nelson Siffert, é essa divisão se inverter já em 2016. A fatia ligada à logística iria a 52% dos R$ 44 bilhões a serem liberados daqui a três anos. As projeçõeslevam emcontaqueas concessões do PIL terão sucesso “bastantesignificativo”.
“Estamos imaginando que o crescimento em nossa área se dará, principalmente, pela logística, dado que a energia já atingiu um patamar de investimento adequado às necessidades da economia”, diz Siffert. Em valor, os investimentos em logística respondem hoje por apenas 31%, ou R$ 49,1 bilhões, dos empréstimos da carteira ativa - projetos em análise ou em fase de desembolso - de infraestrutura do banco, de R$ 273,581 bilhões.
Atualmente, 72% desse montante correspondem a projetos já aprovados, 24% em análise e 4% em fase de consulta. Financiamentos de telecomunicações, saneamento e mobilidade urbana são computados por outras áreas e por isso não constam no cálculo.
Siffert admitiu que os atrasos no cronograma dos leilões podem postergar o crescimento dos desembolsos para o setor de logística. Na semana passada, o governo decidiu deixar para 2014 os leilões de quatro dos noves lotes de rodovias incluídos no PIL.
Além disso, para fechar a equaçãoentreinvestimentosnecessários, retorno do concessionário e pedágios a preços razoáveis para os usuários, haverá subsídiosdoTesouronessestrechos: BR-101, na Bahia; BR-116, em Minas; BR-153, em Goiás e Tocantins; e BR-262, no Espírito Santo e Minas, trecho que chegou a ter edital lançado, mas cujo leilão não ocorreupor faltade interessados. A BR-050 (Minas e Goiás) é o único trecho do PIL cujo processo de concessão foi iniciado. Mesmo assim, na segunda-feira, a Triunfo Participações e Investimentos, segunda colocada no leilão, entrou com recurso administrativo na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) contra o resultado e o caso pode ir até mesmo parar na Justiça.
CONFINS E GALEÃO A princípio, a previsão de fazer o leilão dos aeroportos do Galeão (RJ) e de Confins (MG), em novembro, já sob novas regras, está mantida. Mas a data original era setembro. “Essa fase pré-leilão depende de outras variáveis. A atuação do banco é após o leilão”, explica Siffert.
Uma apresentação do banco indica que, no caso de concessõesde rodovias, por exemplo, a aprovação do financiamento de longo prazo do projeto deve ocorrer nove meses após a concessão, enquanto o empréstimo-ponte (financiamento de curto prazo que viabiliza o início das obras), pode sair após três meses.
Do lado do financiamento aos investimentos, o executivo do BNDES defende o modelo usado na AIE, o project finance, em que o próprio projeto e suas receitas servem de garantia para o empréstimo e dão conta de sua amortização. (Estadão Conteúdo)