Campinas (SP) ganhará viaduto estaiado de 118 metros de extensão
Projeto integra as obras de implantação do Corredor Campo Grande do BRT (Ônibus de Trânsito Rápido), que estão a todo vapor na cidade
Com potencial para virar o novo cartão postal da cidade, o primeiro viaduto estaiado de Campinas (SP) está previsto para ser entregue em 2019, mais precisamente em junho. Com 118 metros de extensão por 12,8 metros de largura, a estrutura está sendo construída sobre a Avenida Barão de Itapura, na região do Terminal Rodoviário, e ligará a futura Estação BRT (Ônibus de Trânsito Rápido) Rodoviária ao trecho 1 do Corredor Campo Grande. Quando concluída, o viaduto contará, ainda, com duas faixas de rolamento exclusivas para os ônibus e calçadas em ambos os lados, que só poderão ser utilizadas por funcionários que farão a manutenção do local.
O Secretário Municipal de Transportes e presidente da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (EMDEC), Carlos José Barreiro, reforça que o viaduto estaiado faz parte da principal obra de mobilidade urbana que a cidade recebe nos últimos 40 anos. “O BRT tem grande importância para o transporte público coletivo do município e irá beneficiar diretamente 450 mil pessoas, ou seja, mais de um terço da população da cidade, residentes nos distritos do Ouro Verde e Campo Grande. A obra viária envolve a construção de 36,6 km de corredores exclusivos para ônibus, com custo R$ 451,5 milhões”, diz.
Entre os materiais que estão sendo utilizados na construção do viaduto estaiado, Barreiro destaca o concreto armado e estais em cabos de aço. “Até o momento, as fundações e blocos de apoio foram concluídos e o projeto encontra-se em execução do mastro central”, destaca. Segundo o secretário, o principal desafio exigido até o momento tem sido executar uma obra desta magnitude dentro do sistema viário urbano “vivo”, pois é preciso preservar a circulação no entorno com segurança. “Por isso, um plano operacional foi elaborado pela EMDEC para garantir tanto a fluidez quanto a segurança nos arredores da obra”, complementa.
A construção do viaduto estaiado está dentro do Lote 1, Trecho 1 do Corredor Campo Grande, que contempla a ligação entre a região central até a Vila Aurocan, com extensão de 4,3 km; além de todo corredor perimetral, com 4,1 km. O responsável pelo Lote 1 é o Consórcio Corredor BRT Campinas, formado pela Arvek, D. P. Barros, Trail, Enpavi e Pentágono. O valor total do lote é de R$ 88,9 milhões.
Sobre o BRT
Segundo a EMDEC, a entrega de todos corredores que integrarão o Sistema BRT, o Rapidão de Campinas, está prevista para o primeiro semestre de 2020. De forma geral, o projeto contemplará estações de transferência e infraestrutura, veículos articulados ou biarticulados, corredores exclusivos com espaços para ultrapassagens, embarque e desembarque pela esquerda (junto ao canteiro central das avenidas), embarque em nível e pagamento desembarcado.
O Corredor Ouro Verde terá 14,6 km de extensão, partindo do Terminal Central (Viaduto Miguel Vicente Cury) e seguindo por João Jorge, Amoreiras, Piracicaba, Ruy Rodriguez e Camucim até o Terminal Vida Nova. O Corredor Campo Grande, por sua vez, vai totalizar 17,9 km, iniciando nas proximidades do Terminal Mercado. Ele passará próximo ao Terminal Multimodal Ramos de Azevedo (Rodoviária de Campinas) e pelo leito desativado do antigo VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), chegando à Estação Jardim Aurélia. A partir daí, seguirá pela Avenida John Boyd Dunlop até o Terminal Itajaí.
Esses dois corredores serão interligados pelo Corredor Perimetral, de 4,1 km, que começará na futura Estação Campos Elíseos e continuará pelo leito desativado do VLT até a Vila Aurocan.