Logotipo Engenharia Compartilhada
Home Notícias Entrevista com Pablo Fajnzylber, economista sênior para Caribe e América Latina, do Banco Mundial

Entrevista com Pablo Fajnzylber, economista sênior para Caribe e América Latina, do Banco Mundial

Latina, do Banco Mundial - 23 de outubro de 2013 895 Visualizações
 

/ 
1) Por que os setores de aço e papel e celulose podem ser afetados pelo crescimento da produção no pré-sal capixaba?
A renda gerada tende a aumentar a demanda do setor petróleo por trabalhadores e capital, e esses saem, em parte,de outros setores regionais. Em segundo lugar, porque, apesar de a renda gerada ser gasta em bens e serviços, os preços dos serviços tendem a aumentar mais que os dos bens, que podem ser importados. Com isso, mais uma vez, há um movimento de capital e trabalho em direção ao setor de serviços, afetando a indústria.
2) Os efeitos seriam maiores no Rio de Janeiro?
Os efeitos estimados para o Rio são maiores, principalmente, porque a produção seria muito maior no Rio. Até 2020, alguns segmentos industriais poderiam se contrair em até 4%, enquanto os serviços poderiam crescer até 7%.
3) Por que a previsão de volatilidade da economia?
A maior concentração das exportações em petróleo faz com que o valor do comércio internacional seja mais sensível a flutuações de preços do barril. As flutuaçõesdas exportações, por sua vez, podem levar a flutuações do PIB.
4) Qual a repercussão dessas desindustrializações pontuais no conjunto da economia?
Flutuações na renda e no emprego prejudicam o bem estar dos trabalhadores. E a volatilidade do PIB tende a prejudicar o investimento e o crescimento.
5) Qual a solução?
A chave está em tomar medidas que aumentem a competitividade dos setores exportadores. É preciso gastar com prudência as rendas do petróleo e poupar parte dos recursos para investir de forma gradual e eficiente no aumento do capital físico e humano.