O foguete Longa Marcha 6 usado para lançar o NEO-1. Imagem: CASC
Uma empresa chinesa de mineração espacial colocou nesta terça-feira (27) em uma órbita baixa ao redor da Terra um protótipo de um “robô lixeiro” que pode capturar lixo espacial deixado por missões anteriores usando uma grande rede. Uma vez capturado, o lixo será queimado usando um sistema de propulsão elétrica.
Batizada de NEO-1, a espaçonave foi lançada em um foguete Longa Marcha 6 junto com vários outros satélites de pequeno porte. Ela também irá observar o espaço profundo e estudar pequenos corpos celestes.
Pesando 30 Kg, o robô foi desenvolvido pela Origin Space, uma empresa de Shenzen, e segundo ela irá abrir o caminho para futuras tecnologias para a mineração de asteroides.
À medida em que mais e mais satélites são lançados em órbita, especialmente após o surgimento de constelações como a Starlink, da SpaceX, e a Project Kuiper, da Amazon, o problema do lixo espacial se torna mais grave.
Ele é composto por satélites e espaçonaves desativadas, que esgotaram seu combustível ou fontes de energia, ou pedaços de foguetes e missões antigas, que podem orbitar nosso planeta por décadas.
Viajando a uma velocidade de mais de 28 mil km/h, mesmo um pequeno parafuso pode perfurar uma espaçonave com mais energia do que a bala de um rifle, destruir um satélite (gerando mais lixo espacial), ou causar sérios danos a uma missão tripulada.
Recentemente, a tripulação missão da Crew-2 da Nasa e SpaceX passou por um susto quando, horas após chegar à Estação Espacial Internacional, foram ordenados a vestir seus trajes espaciais e retornar à sua cápsula devido ao risco de colisão com um objeto em órbita. Felizmente, tudo não passou de um alarme falso.
Em entrevista à imprensa chinesa a fundadora da Origin Space, Su Meng, afirma que a empresa tem planos para lançar dúzias de telescópios espaciais e mais espaçonaves para conseguir minerar asteroides comercialmente já em 2045.