Logotipo Engenharia Compartilhada
Home Notícias Investimentos mínimos necessários para o transporte aquaviário chegam a R$ 122 bilhões

Investimentos mínimos necessários para o transporte aquaviário chegam a R$ 122 bilhões

Agência CNT de Notícias - 11 de setembro de 2014 1204 Visualizações
 Investimentos mínimos necessários para o transporte aquaviário chegam a R$ 122 bilhões
O Plano de Transporte e Logística 2014, divulgado pela CNT (Confederação Nacional do Transporte) no último dia 22 de agosto, aponta que o transporte aquaviário necessita de investimentos mínimos de R$ 122,1 bilhões para solucionar gargalos ao transporte de cargas e de passageiros, em 371 intervenções. O valor corresponde às navegação fluvial e marítima e contabiliza projetos relacionados à mobilidade em regiões metropolitanas. 
Para se ter uma ideia, de 2007 até o primeiro semestre deste ano, os desembolsos feitos pela União e pelas estatais para o setor ficaram em R$ 1,1 bilhão, apesar da importância estratégica do setor para a economia do país. No ano passado, as embarcações movimentaram 98,3% das exportações e 90,4% das importações, segundo dados do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio) e da Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários). No caso da navegação interior, apesar do grande potencial das vias navegáveis, apenas 50% são utilizadas para o transporte de cargas ou passageiros, num total de 20,9 mil km. 
Na avaliação da CNT, o ganho de competitividade do modal passa por uma série de medidas, como melhorar o acesso das embarcações aos portos, a ampliação de áreas retroportuárias (para facilitar o tráfego de veículos terrestres, como trens e caminhões), o que também reduziria tempo e custo da logística.
Assim, o Plano de Transporte e Logística 2014 relaciona uma série de projetos que poderiam dar mais eficiência ao transporte aquaviário e garantir sua integração com outros modais. Eles sugerem, por exemplo, melhorias em áreas portuárias, construção ou adequação de acessos terrestres aos portos, ampliação da profundidade portuária e construção de canais. Ainda conforme o levantamento, 25,6 mil km de hidrovias devem passar por adequações e 68 novos portos precisam ser construídos. 
Entre os projetos, o Plano destaca, por exemplo, a construção de novos terminais portuários na margem esquerda de Santos (SP) e no porto de Imbituba (SC), a construção dos portos de Coruripe (AL) e do Mercosul (PR) e a construção da retroárea dos berços 98 e 99 do porto de Itaqui (MA). 
Para projetos de mobilidade urbana no modal aquaviário, o estudo aponta a necessidade R$ 963,9 milhões para aquisição e melhorias de embarcações e construção de sistema aquaviário de passageiros, especialmente para as regiões de Recife (PE) e de Vitória (ES). 
 
O Plano CNT de Transporte e Logística 2014
As propostas do Plano CNT de Transporte e Logística foram divididas em duas tipologias: Projetos de Integração Nacional e Projetos Urbanos, de acordo com o âmbito territorial, as características do serviço oferecido e as esferas de influência. Além disso, são propostos em conjunto, para que sua operação se dê de forma sistêmica. Para a CNT, o potencial multimodal do país será mais bem aproveitado com a implantação simultânea de todos os projetos.
Os de Integração Nacional estão agrupados em nove eixos de transporte, compostos por diversos modais: o Nordeste-Sul, com extremidades em Fortaleza (CE) e em Rio Grande (RS); o Litorâneo, passando por toda a costa entre Belém (PA) e Porto Alegre (RS); o Norte-Sul, que passa pelo interior do país com extremidades em Belém e Uruguaiana (RS); o Amazônico, entre Tabatinga (AM) e Macapá (AP); o Norte-Sudeste, que liga as duas regiões entre Itacoatiara (AM) e Santos (SP); o eixo Leste-Oeste, que atravessa as regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste com extremidades em Cruzeiro do Sul (AC) e Salvador (BA); e o eixo Cabotagem, que liga os principais portos marítimos brasileiros, desde Macapá até Rio Grande. 
Já os Projetos Urbanos localizam-se principalmente em regiões metropolitanas: São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS), Distrito Federal e entorno, Recife (PE), Fortaleza (CE), Salvador (BA), Curitiba (PR), Goiânia (GO), Manaus (AM), Belém (PA), Grande Vitória (ES), Baixada Santista (SP), Natal (RN), Florianópolis (SC), Vale do Rio Cuiabá (MT) e Aracaju (SE). Também aborda projetos para núcleos urbanos de média e pequena dimensão que apresentam influência sobre outras cidades ou estados vizinhos, como: Uberlândia (MG), Campos dos Goytacazes (RJ), Vitória da Conquista (BA), Pelotas (RS), Uberaba (MG) e Petrópolis (RJ). 
O Plano também relaciona cada projeto por região e estado.