Os avanços do Governo Federal, por meio do Ministério da Infraestrutura, em formatar projetos de transportes com o conceito ESG – sigla em inglês para ambiental, social e governança – foram destaque roadshow do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, em Nova Iorque (EUA). As reuniões da delegação brasileira seguem até sexta-feira (8).
Ao grupo da Standard & Poors, foram apresentados aos investidores os acordos de cooperação com a Climate Bond Inititative (CBI) e com a Agência de Cooperação Internacional Alemã (GIZ), além da introdução da temática das mudanças climáticas na concepção de projetos no planejamento a longo prazo.
“Nunca tivemos um programa de infraestrutura tão verde, com tanto efeito social”, afirmou o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, após detalhar o projeto da Ferrogrão a investidores. Serão 900 quilômetros de extensão, R$ 8,4 bilhões de investimentos privados, ligando Sinop (MT) ao Porto de Miritituba (PA).
Com o empreendimento ferroviário, será possível escoar a safra de grãos do Centro-Oeste pelo Arco Norte do país. “O projeto da Ferrogrão vai gerar milhões de postos de trabalhos, menos acidentes, menos emissão de CO2 e muita qualidade ambiental. A gente pensa no plantio compensatório e na quantidade de mudas que serão plantadas. A gente avalia em reduzir ou até zerar o combustível fóssil por essa ferrovia,” afirmou.
Agenda
Além do encontro com a Standard & Poors, a delegação brasileira também se reuniu com o Council of The Americas, que contou com a participação de 12 representantes de fundos, bancos, escritórios de advocacia e duas agências de fomento de países asiáticos, e com executivos da Global Infrastructured Partners (GIP), tradicional fundo de investimentos em infraestrutura.
Fazem parte do grupo que representa o Governo Federal o ministro Tarcísio, a secretária de Fomento, Planejamento e Parcerias do MInfra, Natália Marcassa, a secretária especial do Programa de Parcerias de Investimentos do Ministério da Economia, Martha Sellier, e representantes do BNDES, da Apex e do Ministério das Relações Exteriores.