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Placas cimentícias: por que utilizar este material?

Placas cimentícias: por que utilizar este material?

Quer um material versátil para usar como fechamento da área externa ou interna da sua obra? As placas cimentícias são uma solução versátil e combinam com qualquer estilo arquitetônico. De fácil aplicação, também apresenta grande durabilidade. Saiba mais sobre o seu uso.

Processo produtivo das placas cimentícias: como são feitas?

O processo de produção das placas cimentícias Eternit é o mesmo das telhas, o tradicional fibrocimento, conhecido como Processo Hatschek. “Basicamente, os insumos (cimento, celulose e outros) são misturados à água nas máquinas, essa mistura vai dar origem a uma lastra de fibrocimento ainda úmida que passa por uma esteira e um cilindro compressor, até atingir a espessura da placa que está sendo produzida.

Depois dessas etapas, a lastra passa pelo processo de corte, para ficar nas dimensões desejadas e, em seguida, passa pela etapa de cura – um tempo de armazenamento em fábrica para garantir que as resistências mínimas para realização de ensaios sejam alcançadas. Após a realização dos ensaios exigidos por norma e aprovação dos resultados pelo nosso setor de Qualidade, elas estarão aptas a serem comercializadas”, explica Rúbia Mussi, Arquiteta e Especificadora Técnica na Eternit.

Onde usar as placas cimentícias?

Como o principal substrato é o cimento, a grande vantagem da utilização da placa cimentícia é a de poder ser utilizada em áreas externas, fachadas e áreas úmidas. “Uma associação de produto que é bastante feita é com relação ao gesso, material que tem aplicação similar. E, para as áreas externas e úmidas a placa cimentícia é mais apropriada. Sabemos que nas linhas de placas de gesso há produtos com aplicação indicada para esses fins, mas ainda assim, a resistência à umidade e intempéries da placa cimentícia será maior nestes casos”, pontua Rúbia.

De maneira geral, a placa cimentícia pode ser utilizada em diversos ambientes – incluindo aqueles em que o gesso é bastante utilizado, como é o caso de áreas internas. “Pode ser utilizada como fechamentos verticais, shafts, elemento decorativo, entre outros”, menciona Rúbia.

Vale destacar que dentre seus usos mais frequentes estão: paredes externas e internas, sistemas de fachadas e fechamentos verticais de modo geral. “A aplicação das placas como fechamentos verticais é a utilização mais comum e adequada para o que o produto oferece em termos de desempenho técnico e características”, ressalta Rúbia.

Por essa razão, a placa cimentícia não é recomendada como cobertura ou piso. “Essas não são as indicações mais adequadas, porém, nossa Área Técnica junto aos nossos setores de Desenvolvimento e Qualidade podem realizar estudos para entender a necessidade de cada cliente e viabilidade de cada aplicação”, pontua.

Vantagens


Chapa lisa e prensada, pronta para receber qualquer tipo de acabamento, como revestimento cerâmico, papel de parede, pintura, etc.Crédito: Eternit

Além das características já citadas, outro diferencial da placa cimentícia é a resistência ao impacto. “Embora estejamos falando de placas de 8 – 10 mm de espessura, elas são bastante resistentes a esse esforço, sobretudo se consideradas parte de um sistema construtivo desempenhando funções junto com outros componentes”, cita Rúbia.

Outras vantagens são a não oxidação e a não combustibilidade do material, o que significa que não propaga chamas. “Ela ainda é considerada imperecível e não perde resistência com o passar do tempo sendo, portanto, muito durável mesmo quando aplicada em áreas externas e sujeitas a intempéries”, afirma Rúbia.

Outro ponto que faz com que a placa cimentícia se destaque é o aproveitamento que conseguimos ter do material através de modulação e cortes racionais. “Podemos trabalhar com a questão modular da placa, projetando de modo a aproveitar as suas dimensões e assim gerar menor índice de descarte de material e também menor custo e tempo de execução”, argumenta Rúbia.

Por fim, há também a facilidade de instalação, que ocorre por meio de fixação com parafusos em uma estrutura que pode ser de perfis de aço, sendo o Light Steel Frame o mais comum ou ainda perfis de madeira, segundo Rúbia.

Estilos arquitetônicos

Uma das principais características das placas cimentícias é a sua versatilidade. “Como se trata de uma superfície cimentícia, é possível aplicar diversos tipos de revestimento sobre elas, como papel de parede, cerâmica, pinturas ou texturas, ou até mesmo adotá-las de forma aparente como elemento decorativo”, comenta Rúbia.

“No sentido estético, há duas opções de acabamento: trabalhar com juntas invisíveis ou aparentes. Na primeira solução, é possível fazer o tratamento de juntas, tendo como resultado uma parede lisa para receber qualquer tipo de acabamento, em qualquer estilo. Na segunda opção pode-se trabalhar com paginação de placas de diversos formatos e dimensões tirando partido do próprio sistema e, inclusive, garantindo execução mais rápida e com menor custo. Não dá para afirmar que as placas atendem mais um estilo arquitetônico que outro, uma vez que ela pode se adequar a qualquer um deles. Mas, quando fica aparente, ela pode ser mais facilmente relacionada a estilos minimalistas ou industriais”, justifica Rúbia.

Cuidados ao usar as placas cimentícias

Um dos principais cuidados relacionadas à placa cimentícia tem relação com o seu armazenamento. “Antes da utilização das placas, elas precisam ser estocadas na horizontal, sobre um pallet e uma superfície nivelada o que vai dar estabilidade e garantir que ela não sofra nenhum tipo de deformação”, alerta Rúbia.

Após a aplicação, a recomendação é que se faça tratamento de superfície com impermeabilizante para garantir uma boa aparência e menor necessidade de manutenção. “Se este processo não for realizado, a exposição pode agregar sujidade em sua superfície. Por isso, recomendamos essa prática para garantir menores custos com manutenção e maior durabilidade de uma boa aparência” lembra Rúbia.

Entrevistada
Rúbia Mussi arquiteta e trabalha como especificadora técnica na Eternit
Contato
rubia.mussi@eternit.com.br

Jornalista responsável
Marina Pastore
DRT 48378/SP