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CENÁRIO

Dificuldades do setor da construção podem levar ao risco de paralisação de obras nos segmentos de obras viárias e de arte em 23,5% e 22,3%, respectivamente

Assessoria de Imprensa - 19 de agosto de 2022 593 Visualizações
Dificuldades do setor da construção podem levar ao risco de paralisação de obras nos segmentos de obras viárias e de arte em 23,5% e 22,3%, respectivamente

Desde o ano passado, as construtoras estão enfrentando dificuldades com o aumento dos custos, primeiro, de matérias-primas e agora também com mão de obra. Segundo a coordenadora de Projetos de Construção Civil do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), Ana Maria Castelo, os orçamentos realizados previamente ficaram defasados e, dependendo do tipo de contrato, a obra pode começar a gerar grandes prejuízos e inviabilizar a sua continuidade. “Entre julho de 2020 e julho de 2022, o INCC-DI subiu 31%. O aumento expressivo dos custos em curto período provocou grandes desarranjos organizacionais nas empresas da construção ao atingir contratos em andamento e as obras. Por isso, muitas delas vêm tentando renegociar seus contratos”, explicou a economista.

Em julho desse ano, o FGV IBRE introduziu quesitos especiais na Sondagem da Construção que ajudam a dimensionar a importância da questão e, principalmente, saber se há risco iminente de paralisações em obras. Vale lembrar que o setor da construção tem sido um importante gerador de empregos, contribuindo para a recuperação do mercado de trabalho nos últimos dois anos.

Em resposta à enquete do FGV IBRE, as empresas indicaram:

A maioria está tentando renegociar contratos. O percentual mais alto é o das empresas do segmento de infraestrutura para engenharia elétrica e obras de telecomunicações.

Tabela 1 - A empresa está tentando renegociar contratos? (em % do total)

Um percentual relevante de empresas vem sendo bem-sucedido na negociação. Apesar disso, há ainda um percentual expressivo (31,3%) de empresas que não obtiveram resposta ao pedido de renegociação e um grupo de 21,6% do total que obtiveram resultados negativos ao seu pleito.

Tabela 2 - A empresa está sendo bem-sucedida na renegociação? (em % do total)

Face a essa situação ainda relativamente indefinida, o FGV IBRE consultou as empresas do setor sobre o risco de paralisação de obras.

O risco de paralisação é relativamente baixo para o conjunto das empresas do setor da Construção, mas há segmentos, como os de obras viárias e obras de artes, em que mais de 20% das empresas apontam risco de paralisação. Estes são segmentos que possuem contratos majoritariamente com entes públicos. O setor de obras viárias é responsável pela construção de estradas, ruas e engloba obras do metrô, por exemplo. O de obras de arte pela construção de tuneis, viadutos, pontes etc.

Tabela 3 -- Há risco de paralisação em 2022? (em % do total)