Caso não fossem aproveitadas nos fornos para a produção do cimento, cédulas seriam destinadas a lixões.
Crédito: Banco Central
Você já parou para pensar o que acontece com as cédulas de dinheiro a medida em que elas vão envelhecendo? Ou como são descartadas? Hoje, de acordo com o Banco Central, uma boa parte delas servem como combustível para os fornos de fabricação de cimento, por meio de coprocessamento, reduzindo assim o uso de recursos naturais não renováveis e a emissão de gás carbônico.
Segundo o Banco Central, hoje 52% do descarte é queimado para ajudar a alimentar fornos de produção de cimento. “Esses resíduos compõem uma das fontes de calor que se prestam a esse tipo de aproveitamento”, explica o Banco Central.
Em 2021, por exemplo, foram destruídas 880 toneladas de cédulas e em 2022, até o momento, 650 toneladas. O Banco Central está em dez localidades. Em nove dessas localidades o descarte das cédulas se dá no processo de queima para produção de cimento, são elas: Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília, Salvador, Recife, Fortaleza e Belém.
Caso estas notas não fossem utilizadas nos fornos de fabricação do cimento, os picotes de cédulas seriam descartados em aterros sanitários compatíveis com esse tipo de material, segundo o Banco Central.
Seleção de cédulas antigas
Uma das questões que gera curiosidade é como o Banco Central seleciona as notas de dinheiro que não estão mais aptas para a circulação e que devem ser inutilizadas.
“O Banco Central recebe as cédulas da rede bancária e faz a verificação do nível de desgaste de forma automatizada, em que são checados o nível de sujeira, a existência de manchas, riscos, rasgos, etc”, informa a instituição.
Ainda de acordo com o Banco Central, a vida útil das notas pode variar conforme os valores de cada uma: “Para as cédulas de R$ 2, R$ 5 e R$ 10, em torno de 14 meses, de R$ 20, em torno de 16 meses e de R$ 50 e R$ 100, em torno de 36 meses. Os valores foram obtidos com auxílio de pesquisa, cuja coleta de exemplares em circulação foi realizada nos meses de dezembro de 2011 e janeiro de 2012”.