A Embraer, o ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica) e a FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) realizaram ontem a solenidade de inauguração do Centro de Pesquisas em Engenharia (CPE), dedicado aos estudos de Mobilidade Aérea para o Futuro.
O evento, realizado no campus do ITA em São José dos Campos, São Paulo, contou com a presença do governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, do diretor do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial, tenente-general Maurício Augusto Silveira de Medeiros, pelo presidente da FAPESP, Marco Antonio Zago, e pelo reitor do ITA, professor Anderson Ribeiro Correia, entre outras lideranças e pesquisadores da comunidade acadêmica e de inovação.
A iniciativa inédita no Brasil na área de Mobilidade Aérea para o Futuro foi anunciada no ano passado e reuniu representantes da comunidade científica e profissionais da indústria aeronáutica em atividades baseadas em três pilares: aviação de baixo carbono, sistemas autônomos e design avançado e fabricação. O objetivo é encontrar soluções tecnológicas inovadoras que potencializem a sustentabilidade e a competitividade do ecossistema global de inovação.
O CPE conta com investimento compartilhado de R$ 48 milhões (cerca de US$ 10 milhões) nos próximos cinco anos para aquisição de equipamentos de pesquisa, bolsas de pesquisa e apoio administrativo. Chamado de FLYMOV, o ambiente de pesquisa aplicada favorece a construção e disseminação do conhecimento, a formação de recursos humanos altamente qualificados e a produção de resultados científicos e tecnológicos de alto impacto.
“É uma satisfação imensa acompanhar o início das atividades do Centro de Pesquisas em Engenharia que reúne grandes talentos na realização de pesquisas aplicadas de alto valor para a sociedade”, disse Luís Carlos Affonso, Vice-Presidente de Engenharia e Tecnologia da Embraer. “Estamos muito entusiasmados com a parceria com o ITA e outras instituições que cria um ambiente favorável para a busca de soluções focadas em aviação de carbono zero, sistemas autônomos e manufatura avançada, fundamentais para a construção da mobilidade aérea futura”.
A expectativa é que o CPE reúna cerca de 150 profissionais entre professores, bolsistas de pesquisa e especialistas da indústria aeronáutica que buscam soluções tecnológicas inovadoras. Essa parceria possibilita as condições de transferência de tecnologia entre atores industriais, públicos e do terceiro setor, aumentando a competitividade do ecossistema de inovação brasileiro e mundial.