[Crédito: Divulgação]
São Paulo, maio de 2024 — As construções sustentáveis visam ser um pilar importante para a redução das emissões de CO2, contribuindo assim para a preservação do meio ambiente. A Semana do Meio Ambiente, comemorada na primeira semana de junho, coincidindo com o Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho), pode ser um momento oportuno para refletir sobre as práticas que o setor vem adotando para afirmar seu compromisso com o planeta.
“Ao integrar diferentes elementos, a construção civil pode liderar o caminho para um futuro mais sustentável, garantindo que as estruturas que erguemos hoje não prejudiquem as gerações futuras”, afirma o Engenheiro e Gestor Ambiental Flávio Vieira, do Grupo Isofort.
Entre os aspectos da construção sustentável que, entre outros aspectos, ajudam a minimizar a pegada de carbono, ela elenca os dez, a seguir:
Uso de materiais sustentáveis: A escolha consciente de materiais é o primeiro passo para uma construção com menor impacto ambiental. Materiais 100% recicláveis, como EPS (poliestireno expandido), oferecem uma alternativa ecológica aos tijolos convencionais queimados, reduzindo entulho e resíduos nas obras. Já o uso de concreto com aditivos reciclados e aço reciclado pode reduzir significativamente as emissões de CO2 associadas à produção de materiais de construção.
Eficiência energética: A eficiência energética vai além do isolamento e das janelas. A orientação do edifício em relação ao sol, por exemplo, pode maximizar a luz natural e minimizar a necessidade de iluminação artificial. O uso de aparelhos e sistemas de HVAC (Aquecimento, Ventilação e Ar-Condicionado) de alta eficiência também é essencial para reduzir o consumo de energia.
Energias renováveis: A integração de tecnologias de energia renovável deve ser considerada desde o início do projeto. Isso inclui não apenas painéis solares e turbinas eólicas, mas também sistemas de aquecimento solar de água e bombas de calor geotérmicas, que podem fornecer água quente e aquecimento/cooling de forma mais sustentável.
Gestão de resíduos: A sustentabilidade na construção também envolve a redução de resíduos durante o processo de construção. Isso pode ser alcançado através da logística reversa e reciclagem, ou pelo design modular e da construção off-site, que permitem uma montagem mais precisa e menos desperdício de material. A reutilização de materiais de demolição em novas construções também é uma prática valiosa.
Água e paisagismo: O manejo sustentável da água se estende ao tratamento e reutilização de águas pluviais e cinzentas para fins não potáveis, como irrigação e descarga de sanitários. O paisagismo sustentável, que utiliza plantas nativas e sistemas de irrigação eficientes, como a irrigação por gotejamento, contribui para a conservação da água.
Além desses aspectos, a construção sustentável também abrange:
Certificações ambientais: Obter certificações demonstra o compromisso com a sustentabilidade e pode incentivar práticas ambientais responsáveis em toda a indústria da construção.
Mobilidade e acessibilidade: Projetar edifícios com fácil acesso a transporte público, bicicletários e infraestrutura para veículos elétricos promove a mobilidade sustentável e reduz a dependência de veículos movidos a combustíveis fósseis.
Inovação tecnológica: A adoção de novas tecnologias, como o sistema construtivo Monopainel, impressão 3D de componentes de construção e o uso de drones para inspeção de obras, pode otimizar processos e reduzir emissões.
Educação e conscientização: Promover a educação ambiental entre os trabalhadores da construção e os futuros ocupantes dos edifícios é fundamental para garantir a manutenção e o uso adequado das instalações sustentáveis.
Avaliação do ciclo de vida: Realizar uma avaliação do ciclo de vida (ACV) dos materiais e processos de construção ajuda a entender o impacto ambiental total de um edifício, desde a extração de matérias-primas até o fim de sua vida útil.