Empire State Building adota “retrofit infinito”
Ícone da reação econômica dos Estados Unidos contra a grande depressão de 1929, o edifício Empire State Building foi inaugurado em 1931. Portanto, há 84 anos é referência para a arquitetura e a engenharia civil. Mas como uma edificação a caminho dos 100 anos consegue se manter contemporâneo e com suas estruturas muito bem conservadas? O segredo está na gestão de retrofit adotada pelo condomínio. Trata-se de um processo que, desde 2009, não para. A meta é manter o Empire State Building sempre atualizado com as mais modernas tendências arquitetônicas.
O resultado é que a edificação tem se tornado cada vez mais eficiente sob o ponto de vista de consumo de recursos como água e energia elétrica. Transformou-se em um prédio verde por excelência, e em constante evolução. Hoje, é o retrofit com a maior pontuação da certificação LEED, alcançando nível gold. Para atingir o grau de excelência, precisou de investimentos que já somam US$ 500 milhões (aproximadamente R$ 1,75 bilhão). Os recursos foram para a troca de todas as instalações elétricas e hidráulicas do edifício e à substituição das 6.514 janelas por equipamentos com desempenho térmico e acústico, além dos elevadores.
O prédio também ganhou sistemas inteligentes para controlar a ventilação. Todo esse compromisso com a sustentabilidade e com o conforto resulta em eficiência energética. Resultado: o Empire State Building fechou 2014 economizando US$ 2,8 milhões (quase R$ 10 milhões) e consumo de água e de energia. “O projeto de retrofit do edifício ultrapassou drasticamente nossas projeções de economia”, diz Anthony E. Malkin, presidente da Empire State Realty Trust, que administra o condomínio do prédio de 102 andares e 381 metros de altura, incluindo a antena localizada em seu topo. O prédio foi o primeiro arranha-céu do mundo a usar estruturas mistas de aço e concreto.
Modelo de retrofit
O retrofit do Empire State foi proposto em 2009 pela C40 Cities Climate Leadership Group, do qual a Fundação Bill Clinton (criada pelo ex-presidente dos Estados Unidos) é um dos líderes. A C40 conseguiu uma coalizão de organismos para viabilizar um projeto que preservasse e, ao mesmo tempo, modernizasse um dos símbolos de Nova York. “O projeto de retrofit do edifício é um exemplo do que a sociedade organizada, sem precisar do poder público, pode fazer pelas cidades”, cita Mark Watts, diretor-executivo do C40. Toda a gestão do prédio é feita de forma transparente e pode ser acompanhada por qualquer cidadão pelo site www.esbsustainability.com.
Uma das preocupações do C40 é com a quantidade de energia gasta pelos prédios nos Estados Unidos. O país tem 120 milhões de edificações, que consomem 42% da eletricidade gerada e da água tratada para abastecer os norte-americanos. “É preciso acelerar a tomada de medidas que minimizem esse consumo e uma solução eficiente é promover o retrofit de edificações com mais de 20 anos. Para isso, o Empire State Building é um exemplo a ser replicado”, afirma Amory Lovins, cofundador da organização Chief Scientist. Entre 1931 e 1973, o edifício nova- iorquino reinou soberano como o prédio mais alto do mundo.
Entrevistados
C40 Cities Climate Leadership Group e Empire State Realty Trust (via assessorias de imprensa)
Contatos
mmarinello@c40.org
www.c40.org
www.empirestaterealtytrust.com
www.clintonfoundation.org
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Créditos fotos: publicdomainpictures.net
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330
Informativo Massa Cinzenta – Cimento Itambé