Empresas afirmam, porém, que serão necessários mais R$ 500 milhões para o processo de dragagem; especialista ressalta ainda que trabalho deve ser feito com urgência
O Governo Federal liberou R$ 18,5 milhões para que o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) realize a contratação da empresa responsável pelo processo de batimetria do Rio Guaíba, no Rio Grande do Sul. Isso vem após o início das conversas sobre a necessidade de se realizar a dragagem do rio, uma medida de segurança por conta das enchentes recentes no estado. Segundo a Portos RS, estatal que atua como a Autoridade Portuária responsável pela gestão dos principais portos do estado, além da verba liberada, serão necessários mais R$ 500 milhões para a execução de todo o trabalho.
Para Rogério Neves, CEO da CPE Tecnologia, empresa que atua no mercado de soluções para geotecnologia, a medida é importante e deve ser colocada em prática o mais rapidamente possível. “O desastre que assolou o estado não pode se repetir. Trata-se de uma região que aguarda por obras nesse sentido há décadas, então não podemos esperar mais”. Segundo ele, “o Brasil tem profissionais qualificados e tecnologia para esse tipo de trabalho e é necessário, com urgência, criar-se uma política pública que assegure medidas de prevenção e não apenas de socorro após catástrofes como essa”.
O serviço de batimetria que será realizado consiste na análise do revelo submerso. “As tecnologias disponíveis permitem inclusive uma varredura completa do relevo de forma remota, facilitando posteriormente o trabalho de dragagem (processo de limpeza, desassoreamento, escavação e remoção de sedimentos do fundo do rio), que de fato é mais caro e precisará de um investimento maior”, explica Neves.
O executivo acrescenta ainda que é importante que seja assegurado o montante suficiente para todas as etapas do processo e que sejam implementados todos os recursos tecnológicos e profissionais capacitados para isso. “O desafio é grande e precisamos unir forças para resolver a situação e, claro, evitar que se repita não apenas no Rio Grande do Sul, mas em outras regiões do país que podem passar por situações semelhantes”, reforça.
CPE Tecnologia apresenta tecnologias e expertise em congresso
A CPE Tecnologia participou recentemente da 20ª edição do Congresso Latino-americano de Ciências do Mar (Colacmar) e apresentou novas alternativas que atendem ao mercado de batimetria. Neves conta que “no Brasil, um país com uma infinidade de recursos hídricos, centenas de barragens e longos trechos costeiros, conhecer o relevo submerso é essencial não só para a navegação marítima, mas também para conhecer a volumetria e o comportamento de correntes, além de se prevenir desastres”.
“Algumas das tecnologias que apresentamos foram os barcos autônomos que carregam sensores multifeixe para escanear o relevo submerso e o laser scanner aéreo, que pode ser utilizado para o trabalho de batimetria na costa litorânea do país. Recursos como esses já estão no mercado brasileiro e devem ser utilizados em momentos como esse no sul”, finaliza.
Sobre a CPE Tecnologia
A CPE Tecnologia atua no mercado de soluções para geotecnologia desde 1974 e é pioneira na implantação de algumas tecnologias no mercado brasileiro. Com nove unidades próprias (MG, SP, SC, PR, RJ, PE, RN, GO e BA) e mais de 40 licenciadas distribuídas pelo país, a companhia fornece aos clientes treinamentos para o uso correto dos equipamentos e cursos ministrados por especialistas. Além da capacitação, a corporação oferece aos compradores ou locatários de equipamentos assistência técnica especializada, serviço premium cujo objetivo é assegurar a manutenção e o reparo de equipamentos com peças e calibrações originais dos fabricantes, além da garantia. Por conta do relevo acidentado do Brasil e do grande número de encostas, barragens, usinas hidrelétricas, florestas e outras áreas de risco, a CPE Tecnologia está preparada para analisar tendências e trabalhar para prevenir catástrofes ambientais, atuando em situações de emergência. A empresa também atua em parceria com equipes de vigilância ambiental, fornecendo equipamentos para o monitoramento da Floresta Amazônica, em trabalho conjunto com Exército, Incra, institutos nacionais e o Corpo de Bombeiros. Para saber mais, acesse o link.