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Participação feminina na construção civil representa apenas 9,2% no mercado formal, revela pesquisa

Assessoria de Imprensa - 05 de novembro de 2024 62 Visualizações
Participação feminina na construção civil representa apenas 9,2% no mercado formal, revela pesquisa

Projeto Elas Por Elas da MRV reúne lideranças femininas para uma jornada de fortalecimento


Se as mulheres são maioria no Brasil e representam cerca de 51,5% da população, segundo o IBGE, o mesmo não acontece no setor da Construção Civil, principalmente nos canteiros de obras, onde os trabalhadores são majoritariamente homens. De acordo com um novo estudo da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAIM), a participação informal feminina representa apenas 4,4%. No mercado formal, esse número é um pouco maior, mas ainda muito distante do masculino: 9,2%.

A pesquisa revelou que o trabalhador médio da construção civil brasileira é homem, com idade entre 37 a 41 anos, pardo e com ensino médio ou fundamental incompleto. A chave para mudar esse cenário, ainda segundo a ABRAIM, pode estar na industrialização, que tem tornado a construção mais atraente para jovens e, principalmente, para as mulheres. Mas a associação também ressalta outro aspecto importante para alcançar a equidade de gênero: o investimento em formação.

Muitas empresas já fazem esse movimento, a fim de acelerar a participação feminina. A MRV&CO, por exemplo, uma das maiores construtoras da América Latina, assumiu o compromisso com a ONU, em 2022, de subir de 21% para 30% o número de mulheres em seu quadro de funcionários até 2030; e de 37% para 45% o percentual de líderes femininas. Dois anos após o acordo, este último desafio já foi ultrapassado. Atualmente, 46% da liderança da companhia é formada por mulheres, e o número de colaboradoras também subiu para 22%.

"A proposta da ONU é o mínimo que queremos alcançar. Nosso objetivo é atingir esses números e, a partir deles, avançar. A construção civil é, historicamente, majoritariamente masculina. Nos escritórios, já observamos a equidade de gênero acontecendo, mas nas obras o cenário é outro. Nosso maior desafio é sensibilizar essas mulheres, mostrar que elas também são capazes de trabalhar nos canteiros de obras. É um movimento que precisa ser afirmativo ", afirma Junia Galvão, Diretora Executiva de Administração e Desenvolvimento Humano da MRV.

“Uma sobe, puxa a outra”

A dinâmica para virar o jogo já vem sendo promovida por meio de programas de capacitação e encontros de lideranças. O projeto Elas Por Elas, que finalizou no último mês, reuniu 18 mulheres em sua terceira edição, entre diretoras e gestoras executivas da MRV e das empresas do grupo MRV&CO, para uma jornada de fortalecimento da liderança feminina. Ao longo de três meses, o grupo se aprofundou em assuntos como "Gestão das Emoções" e "Liderança Transformadora".

A gestora executiva Princing da MRV, Valquíria Gomes, conta que está empolgada para ver os resultados dessa troca: "O projeto trouxe à tona não apenas reflexões pessoais, mas também forneceu um espaço seguro para a troca de experiências e aprendizados. A jornada de autoconhecimento que vivenciamos juntas foi um momento de grande valor que nos fortalecerá como profissionais e como mulheres. Acredito que esse encontro não apenas impactou cada uma de nós individualmente, como também terá reverberações positivas dentro da MRV&CO. Estou empolgada com a possibilidade de implementarmos as ideias e insights adquiridos para promover um ambiente de trabalho ainda mais inclusivo e colaborativo”, conta Valquíria, que trabalha há 27 anos na empresa.

O projeto Elas Por Elas é uma das frentes para a MRV chegar a 2030 com a meta proposta alcançada, mas ele não está sozinho. Concomitantemente, a companhia desenvolve outras iniciativas com o mesmo objetivo, é o caso do programa Elas Transformam a Construção Civil, que capacita mulheres em vulnerabilidade social para trabalhar no setor. Com investimentos superiores a R$ 1 milhão, o objetivo do projeto é formar mais de 450 mulheres até outubro de 2024, por meio de aulas práticas e teóricas de azulejista e pintura. O curso tem duração de três meses.

“Acreditamos que ações como essas são essenciais para formar times mais diversos, construir ambientes mais seguros e inclusivos, assim como oferecer estratégias e soluções por meio de experiências distintas”, acrescenta Júnia.

Com essas iniciativas em andamento, a MRV busca minimizar o gap de mulheres nos canteiros de obras, ao mesmo tempo em que incentiva o crescimento profissional em todas as empresas do grupo e suas áreas. Desta forma, elas colocam em prática o lema da campanha: Uma sobe, puxa a outra.