De robôs a edifícios-cidades: como serão as cidades em 2045
Exame
-
28 de junho de 2016
1380 Visualizações
Membro da Sociedade Britânica de Computação, da Academia Mundial de Artes e Ciências e da Fundação Mundial de Inovação, Pearson é cheio de confiança. Em sua biografia, ele afirma ter uma precisão de 85% ao prever uso de tecnologias no futuro.
Recentemente, Pearson escreveu um relatório sobre o que podemos esperar da indústria da construção nos próximos 30 anos. O estudo foi um pedido da Hewden, uma companhia de equipamentos de construção. Nele, o futurologista revela como as cidades serão mais inteligentes. Veja algumas das tecnologias imaginadas por ele a seguir.
Edifícios serão verdadeiras cidades
Pearson acredita que os arranha-céus serão comandados por um tipo de inteligência artificial. Desse modo, as pessoas que viverem ou trabalharem dentro desses prédios poderão conversar com o sistema e fazerem solicitações. Seria como falar com a Siri, a assistente pessoal da Apple, só que em uma escala muito maior, já que você poderia pedir para mudar a temperatura interna de um edifício.
O relatório também prevê que os arranha-céus funcionarão como minicidades – uma espécie de condomínio fechado nas alturas. Segundo Pearson, o preço dos lotes será tão alto no futuro que grandes edifícios serão construídos para abrigar a grande quantidade de pessoas que querem morar nas metrópoles – especialmente trabalhadores de classes baixa e média. Dentro deles, cada andar será dividido em escritórios, áreas residenciais e até espaços de lazer.
Janelas de realidade virtual
Em vez de janelas, os edifícios das cidades do futuro terão telas de realidade virtual. “Essa pode ser uma maneira rápida de construir habitação barata”, escreve o futurologista no estudo, que foi obtido pelo site Tech Insider.
Se você quer entender mais ou menos como isso funcionaria, basta assistir ao filme De Volta para o Futuro II. Caso você já tenha visto o longa, deve lembrar que, além do “hidratador de pizzas”, a casa do futuro de Marty McFly tem telas de realidade virtual no lugar das janelas.
Revestimentos especiais e aquecimento radiativo
No futuro, as pessoas poderão transformar qualquer lugar em um revestimento capaz de coletar energia solar. De acordo com Pearson, um spray feito a partir de nanopartículas conseguiria absorver e converter a luz solar em energia.
Outra previsão interessante é o direcionamento da luz e do calor. As pessoas poderão andar dentro de um edifício com uma luz e uma fonte de calor próprias, que continuariam focadas no indivíduo por onde ele andasse.
O relatório não entra em detalhes sobre as duas invenções. Contudo, tecnologias similares já foram criadas. Uma delas é a Ario, uma lâmpada criada em conjunto pela Nasa e a Universidade de Harvard. Ela imita a luz do sol e é conectada à internet sem fio.
Robôs e exoesqueletos
Os robôs trabalharão lado-a-lado com as pessoas no futuro. Porém, segundo o relatório, eles irão substituir os funcionários quando o trabalho for de alto risco – principalmente os envolvidos com construções.
Mas não se preocupe, as máquinas não irão roubar o seu trabalho. Pearson acredita que, na realidade, elas servirão para aumentar ainda mais a produtividade do ser humano. Um exemplo disso é o uso de exoesqueletos para o carregamento de peças, tijolos e outros instrumentos em uma obra.
Esse tipo de tecnologia já está em fase de desenvolvimento atualmente. A Panasonic, por exemplo, está criando um terno robótico que facilita o transporte de objetos pesados.
Além disso, o uso da impressão 3D em construções será constante no futuro. O relatório afirma que o recurso irá crescer rapidamente quando novas formas de concreto e outros materiais forem desenvolvidos.