Fórum no Rio promoverá assinatura de parcerias público-privadas em prol da sustentabilidade da cidade
Em meio à onda de notícias negativas que assolam o Rio de Janeiro, a cidade será palco, dias 13 e 14 de julho, da assinatura de pelo menos seis acordos, entre diferentes setores da sociedade, visando ações em prol do desenvolvimento sustentável do município. A costura será alinhavada na Associação Comercial, durante o I Fórum de Sustentabilidade do Rio, promovido pela Cariocas em Ação, gestora do Pacto do Rio.
O Pacto é um movimento criado há pouco mais de um ano para promover e monitorar o desenvolvimento sustentável da Região Metropolitana do Rio e elege a desigualdade sócio econômica como o maior fator de risco para o desenvolvimento da região e seu entorno. Com base nessa premissa, cada um dos seis temas a serem tratados no evento – Informação para transformação, mercado de capitais e empreendedorismo, organismos internacionais, favelas, uma nova economia e gestão metropolitana – culminará em um acordo entre instituições públicas, privadas, terceiro setor e universidades e o Pacto do Rio. Segundo Eduarda La Rocque, presidente da Cariocas em Ação e fundadora do Pacto, os acordos tratarão de questões complexas da cidade, com metas a serem cumpridas.
Fórum no Rio
“Somente a cooperação entre setores como uma nova forma de governança pode dar conta dos grandes desafios contemporâneos, como a desigualdade social e a violência, na maioria das vezes problemas oriundos de um modelo fundado em oposições e não de acordos. Acreditamos que o sucesso dos esforços para reduzir as desigualdades depende muito da cooperação entre os diversos setores. Vamos sair deste evento com compromissos assinados, que não vão ficar restritos a intenções listadas em um papel. Vamos colocar em prática”, disse Eduarda.
O Fórum vai reunir especialistas de instituições internacionais, academia, empresas e autoridades públicas. Neste primeiro Fórum, todos os acordos assinados servirão de base para a criação do Centro de Resiliência Metropolitano, a ser inaugurado pelo Pacto até dezembro do ano que vem. Com a ajuda de parceiros, o Centro irá criar indicadores para medir a eficiência dos acordos e contará com o apoio da população para acompanhar os projetos. Ao mesmo tempo, o Centro funcionará como um ponto de encontro para todos os que participam da gestão do Pacto – órgãos públicos, centros de pesquisa, população, terceiro setor, parceiros privados e organismos internacionais – e como um repositório de informações sobre a cidade.
Segundo Viviane Mosé, co-fundadora do Pacto, com essa primeira leva de informações, o grupo apresentará, em março de 2017, o Plano de Resiliência Metropolitano, com propostas de novas ações para a cidade. “O Pacto do Rio é uma rede entre redes, uma convergência de forças em torno de um objetivo comum: uma cidade mais segura para todos”, disse ela.