Área contaminada em Chernobil pode virar uma das maiores usinas solar do mundo
CicloVivo
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03 de agosto de 2016
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Após o desastre nuclear de Chernobil em 1986, na Ucrânia, uma área de mais de mil quilômetros quadrados se tornou um verdadeiro deserto. Os resquícios nucleares deixaram a área contaminada e perigosa para a habitação humana. Mas, um projeto apresentado pelo governo ucraniano pode tornar esse enorme espaço útil novamente e agora para a produção de energia renovável.
Conforme publicado pelo jornal britânico The Guardian, que teve acesso ao documento do governo da Ucrânia, a ideia é conseguir transformar a área afetada pela tragédia em novas oportunidades de desenvolvimento. O projeto quer aproveitar este espaço para construir uma usina solar de mais de mil megawatts, além de produzir outros 400 MW a partir de diferentes fontes renováveis.
No auge de sua produção, a usina nuclear de Chernobil produzia quatro mil megawatts de energia, um montante tão grande quanto o risco ambiental que a estrutura oferecia. Há trinta anos, o acidente nuclear afetou diversas comunidades, obrigando dezenas de milhares de pessoas a abandonarem tudo e serem evacuadas imediatamente por conta da contaminação radioativa.
Construir uma usina solar de grande porte nesta região tem diversas vantagens. A primeira delas é dar utilidade novamente a essas terras abandonadas, que são muito baratas. A segunda é aproveitar a abundância de luminosidade solar disponível, enquanto a terceira, e totalmente atrativa, é poder reaproveitar as linhas de transmissão usadas na década de 80, que permanecem intactas.
Para que o projeto se torne realidade, no entanto, o governo ucraniano está em busca de investimento estrangeiro. O Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento (BERD) já demonstrou interesse em colaborar, desde que todos os estudos e análises de viabilidade ambiental sejam feitos e comprovem que as novas estruturas não colocarão em risco a saúde das comunidades no entorno e dos trabalhadores. A Ucrânia ainda informou que a proposta também está sendo negociada com empresas norte-americanas e canadenses.