SP ativa primeira usina solar flutuante do país
infraroi
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21 de outubro de 2016
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Operação completa um mês e gera 101.522 quilowatt hora (kWh) para atender comunidades ribeirinhas e isoladas na região da cidade de Rosana, interior do estado.
Vários projetos de usinas flutuantes com geração fotovoltaica estão em andamento no país, incluindo Balbina, no Amazonas, e Sobradinho, na Bahia. São operações instaladas na lâmina d´água de reservatórios de hidrelétricas, mas ainda não ativadas de fato. Diferente da iniciativa da Cesp, na usina de Porto Primavera, no interior de São Paulo, mais exatamente em Rosana, que gera energia suficiente para abastecer mais de 1 mil residências com consumo mensal de 100 quilowatts hora (kWh) cada.
Segundo a secretaria de Energia e Mineração, trata-se de primeira usina fotovoltaica do Brasil a utilizar a tecnologia de placas flexíveis e rígidas em sistema flutuante. Operacional há um mês e em plena carga, ela gera 101.522 quilowatt-hora (kWh). O projeto também é inovador ao aproveitar as subestações e as linhas de transmissão das hidrelétricas.
“Nosso objetivo é testar essas tecnologias inovadoras para poder fornecer esse conhecimento para as empresas do setor instaladas no estado e popularizar o uso das energias renováveis”, explica o secretário da pasta, João Carlos Meirelles. Iniciado em maio de 2014, o projeto já recebeu investimento de R$ 23 milhões da Cesp e envolve duas plantas com painéis solares rígidos de 250 quilowatts (kW) em terra e 25 kW em sistema flutuante. A usina também inclui outras duas plantas com painéis solares flexíveis com 250 kW em terra e 25 kW em sistemas flutuantes.
De acordo com a secretaria, foram instalados 100 painéis rígidos flutuantes de 250 watts cada um e 180 flexíveis flutuantes de 144 watts cada. A área ocupada pelas placas flutuantes é de aproximadamente 500 metros quadrados, e o reservatório possui 2.250 quilômetros quadrados. Os flutuadores instalados no reservatório da usina de Porto Primavera foram desenvolvidos especificamente para esse projeto por uma empresa paulista.
Também está sendo instalada na usina a primeira planta eólica do Estado de São Paulo, que terá capacidade de cerca de 500 kW. “São Paulo não tem o mesmo potencial eólico que o Nordeste do país, mas é aqui que estão instalados os fabricantes desse setor. Temos que estudar essa energia para fomentar sua geração no Brasil e a expansão do setor fabril no Estado de São Paulo”, comenta Meirelles.