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Índia quer ser 1ª no ranking de pavimento em concreto

Informativo Massa Cinzenta – Cimento Itambé - 04 de novembro de 2016 1551 Visualizações
Índia quer ser 1ª no ranking de pavimento em concreto
A Índia lançou em 2012 um programa de repavimentação de suas principais rodovias. O objetivo é que o asfalto seja integralmente substituído pelo concreto. Segundo Shri Nitin Gadkari, ministro de transporte e infraestrutura do país, o motivo é simples. “O asfalto não suporta mais de cinco anos sem manutenção. Já o concreto pode resistir até 100 anos”, diz. O primeiro projeto já está em obras e prevê a pavimentação de mil quilômetros, ligando as cidades sagradas de Yamunotri, Gangotri, Kedarnath e Badrinath. Quando pronta, a estrada vai se chamar Chaar Dhaam Yatra.
Dentro do programa indiano, duas rodovias já foram executadas com pavimento rígido: a Yamuna Expressway e a KMP Expressway (KMP, de Kundli Manesar Palwal), com 170 e 140 quilômetros de extensão, respectivamente. A meta do governo indiano é chegar a 15 mil quilômetros até 2022. Para isso, a National Highways Authority of India (Autoridade Nacional para Rodovias da Índia) lançou no final de setembro de 2016 uma série de concessões, a fim de atrair parcerias público-privadas. O plano é conseguir US$ 3 bilhões. Em troca, os investidores poderão explorar as estradas por 30 anos.
Alguns grupos já se interessaram pelos projetos. Entre eles, o fundo de pensão Canadian PSP, assim como o CLSA (Credit Lyonnais Securities Asia), além do Goldman Sachs e o Abu Dhabi Investment Authority (ADIA). O Goldman Sachs, por exemplo, já investiu US$ 220 milhões em rodovias indianas, assim como o Brookfield Asset Management do Canadá. A empresa privada Reliance Infrastructure de Anil Ambani – principal conglomerado da construção civil indiana – é outro que investe maciçamente no programa rodoviário do país. A exigência para todos os investidores é uma só: as estradas devem ser em concreto.
Para estimular rodovias em pavimento rígido, o governo indiano oferece subsídio para a compra de cimento, a fim de manter o preço do quilômetro construído tão competitivo quanto o asfalto. Além da durabilidade, o pavimento rígido tornou-se obsessão para as autoridades da Índia depois que um estudo mostrou que em uma década o país perdeu US$ 8 bilhões com o desperdício de cargas, seja por causa de acidentes ou devido ao atraso na entrega. Nos dois casos, as condições precárias das rodovias tiveram forte influência. A conclusão do governo indiano foi óbvia: as más condições das rodovias estavam custando mais caro que a implantação de um programa para recuperá-las.
 
Reconhecimento internacional
Para acelerar o investimento em estradas, a Índia destravou todos os empecilhos que poderiam atrasar as obras. Desde licenças ambientais até a autorização para a importação de equipamentos. O orçamento da National Highways Authority of India também foi valorizado e hoje representa 2% do PIB do país. O resultado é que as várias frentes de trabalho nas rodovias indianas têm conseguido construir 12 quilômetros de novas estradas por dia – a meta é chegar a 30 quilômetros por dia.
Tamanha disposição em revitalizar o sistema rodoviário fez com que a Índia fosse destaque na 11ª conferência internacional sobre pavimentos de concreto – reunião que acontece de quatro em quatro anos no Texas-EUA, e que é promovida pela ACPA (American Concrete Pavement Association). No encontro, autoridades do país apresentaram um projeto ousado: querem que a Índia se torne o primeiro em rodovias pavimentadas com concreto. Atualmente, os Estados Unidos são soberanos neste quesito.
 
Entrevistado
National Highways Authority of India (Autoridade Nacional para Rodovias da Índia) (via departamento de comunicação)
 
Contato
secy-road@nic.in
Crédito Foto: Divulgação/NHAI (National Highways Authority of India)
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330