Construção civil mais sustentável e econômica
Redução, reutilização e reciclagem. Conceitos de sustentabilidade que já fazem parte da vida de muito gente agora também estão presentes na construção civil. Em Curitiba, um projeto de lei que tramita desde junho na Câmara Municipal busca estabelecer que todas as obras em execução na cidade tenham que empregar, obrigatoriamente, critérios de sustentabilidade ambiental e eficiência energética, como economia e reuso de água, gestão de resíduos sólidos, permeabilidade do solo e uso de energia solar e de telhados verdes.
Atentas a essas tendências, as construtoras e imobiliárias estão investindo cada vez mais em edificações sustentáveis. O Dom Batel, assinado pela Cyrela, é um bom exemplo. Primeiro empreendimento residencial do sul do Brasil certificado com o Processo Alta Qualidade Ambiental (AQUA), da Fundação Vanzolini, o Dom tem previsão de entrega para janeiro de 2017. “A certificação é um grande passo para a preservação do meio ambiente, que minimiza a apropriação de recursos naturais e maximiza a eficiência energética do edifício. É também um comprometimento com a qualidade e o aperfeiçoamento no desenvolvimento do projeto, que dissemina práticas que evitam o desperdício no canteiro de obras e geram economia, conforto e qualidade de vida ao futuro morador”, explica Silvia Fernandes, gerente de incorporações da Cyrela Paraná.
Alguns dos requisitos estabelecidos para a certificação AQUA são as dimensões adequadas das janelas, permitindo a ventilação e iluminação naturais, o que proporciona um maior conforto dos usuários e eficiência energética, reduzindo o consumo energético e, consequentemente, os gastos relacionados ao mesmo. A proteção acústica e o conforto térmico do Dom Batel foram pensados para atender os padrões exigidos pelo selo AQUA, baseados na Norma de Desempenho (ABNT NBR 15.575). A gestão correta dos resíduos também é garantida no empreendimento, através da previsão de locais para a instalação de equipamentos para coleta seletiva. Também são escolhidos materiais sustentáveis, sendo todos os produtos e processos construtivos pensados de acordo com sua funcionalidade, durabilidade e qualidade.
“O selo de certificação ambiental é uma visão de futuro e quebra paradigmas. A auditoria da certificação acompanha todo o processo de execução da obra. A garantia de conforto para os moradores e o cuidado com o meio ambiente inicia no projeto, passa pela construção e pelo impacto da obra para a vizinhança e principalmente o dia a dia do consumidor”, revela Silvia. O processo de avaliação das construções considera o programa de necessidades da habitação, o contexto local, a estratégia ambiental do empreendedor, a análise econômica global, o usuário, as demais partes interessadas e a regulamentação. Por meio de auditorias, a certificadora acompanha todas as etapas de um empreendimento – do lançamento à entrega.
Investimentos e impactos
A certificação ambiental pode aumentar o custo de uma edificação de 1% a 3% (em empreendimentos residenciais) e de 3% a 7% (em imóveis comerciais). Mas, quanto maior o porte da obra, menor o impacto desses custos no orçamento final. Afinal, o custo adicional gerado pela certificação ambiental também tende a ser amortizado pela economia no consumo de água, energia e materiais ao longo da vida útil do edifício. “Já é comprovado que o valor do investimento retorna na fase de execução e na fase de operação e uso, sem falar do retorno intangível: qualidade de vida, proteção do meio ambiente, valorização da marca e patrimonial”, diz Silvia. As condições do projeto do Dom Batel, por exemplo, garantem uma redução mínima de 50% no consumo de água – através da instalação de sistemas economizadores e aproveitamento de águas pluviais para irrigação e limpeza e recirculação de água quente – e de 23% de energia – com a utilização de sensores de presença, lâmpadas e equipamentos mais eficientes para o uso da área condominial.
Por outro lado, estudos do grupo de Real Estate da Poli-USP indicam que o aumento do valor de venda de um Green Building pode chegar a 20%. Enquanto o valor do condomínio tem redução média de 30%, em cálculo que leva em conta as reduções do consumo de energia, água e do custo operacional do edifício (manutenção e reformas).
Nesse processo, a vizinhança também é beneficiada, já que o empreendedor busca minimizar e mitigar ao máximo os impactos negativos da obra, além de valorizar a região onde será implantado o empreendimento, tanto na fase de execução, através de um canteiro de obras sustentável, como na fase de uso e operação.
Sobre o Dom Batel – Localizado na Alameda Dom Pedro II, o empreendimento conta com exclusivas 18 unidades para quem valoriza a elegância, localização privilegiada e conforto. A arquitetura e conceito de fachada tem assinatura de Baggio Schiavon Arquitetura, enquanto o paisagismo traz o nome de Benedito Abbud Arquitetura Paisagística. Em uma torre única, são dois apartamentos por andar, com elevadores sociais privativos e um elevador de serviço por andar. São 16 unidades de 233 m² privativos, com três suítes e três ou quatro vagas de garagem, além de duas coberturas duplex com quatro suítes e 309 m² privativos, mais 89 m² de terraço e quatro vagas. A infraestrutura e áreas de lazer são diferenciadas, com espaço gourmet, brinquedoteca, salão de festas, games lounge, fitness, espaço descanso, sauna seca, raia coberta e aquecida com 24 metros, entre outros. Todas as áreas comuns são entregues decoradas, com projeto do escritório Anastassiadis Arquitetos.