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Não existe sustentabilidade sem obra entregue no prazo

Informativo Massa Cinzenta – Cimento Itambé - 07 de dezembro de 2016 1302 Visualizações
Não existe sustentabilidade sem obra entregue no prazo
O 1º CONOCC (Congresso Nacional Online sobre Como Construir) reuniu, na segunda semana de novembro de 2016, um grupo de engenheiros civis, arquitetos, advogados especializados na área da construção civil, construtores e incorporadores, a fim de debater a qualidade das obras. Entre os palestrantes, esteve o engenheiro civil Wyllian Capucci, com pós-graduação em tecnologia de sistemas construtivos, e que ressaltou que o que garante a sustentabilidade da obra é o cumprimento do cronograma. “Uma obra que atrasa o cronograma não pode ser chamada de sustentável, pois fica sujeita a vários problemas, desde financeiros até jurídicos”, resume.
Além de influenciar no preço do empreendimento, o prazo impacta em insumos, equipamentos, mão de obra e custos indiretos que dependem do tempo de duração dos trabalhos. Segundo Capucci, existem cinco fatores primordiais para que o cronograma seja realizado dentro do prazo estabelecido. “Um cronograma bem definido deve ter levantamento quantitativo de serviços e materiais, cotações de preços e comparativos com orçamento, metas para fechamento de contrato, controle de execução e contratação de mão de obra qualificada”, afirma, ensinando em sua palestra como chegar aos melhores resultados em cada uma destas etapas.
Capucci defende que a experiência do engenheiro de obras é muito importante para que ele possa fazer a gestão destes cinco pilares que vão garantir o cumprimento do cronograma. No caso do levantamento quantitativo de serviços e materiais, o especialista ressalta que o primeiro passo é procurar conhecer todos os projetos relacionados com o empreendimento. “Quanto mais entendimento técnico do engenheiro de obras, mais ele tem chances de cumprir o cronograma. Outro ponto importante é contemplar no orçamento a contratação de consultores. É melhor que fazer errado, o que gera retrabalho e custa mais dinheiro que o previsto no orçamento, além de ainda estar sujeito a processos judiciais”, explica.
 
Controle de execução e mão de obra
Analisados os projetos, e feito o levantamento quantitativo de serviços e materiais, passa-se para uma nova etapa: a cotação de preços e os comparativos com o orçamento. “A antecedência na cotação pode fazer a diferença entre uma boa e uma má execução da obra. Por isso, é importante estabelecer metas para o fechamento de contratos, seja com fornecedores de materiais ou prestadores de serviço”, avisa Wyllian Capucci, que recomenda que todo esse trabalho de cotação e orçamento seja feito, no mínimo, com três meses de antecedência antes da instalação do canteiro. “O ideal são seis meses, pois daí é possível contratar a um custo menor”, completa.
A partir do momento em que a obra entra em andamento, a sustentabilidade de todas as suas etapas vai depender do controle de execução. “O recomendável é conseguir economizar 5% no cronograma de cada etapa, da terraplanagem à fase de acabamento”, diz o engenheiro civil, lembrando que, geralmente, o atraso em uma fase da obra causa efeito-cascata que vai impactar em todas as demais etapas. “Se eu uso concreto autoadensável e não utilizo fôrmas adequadas, isso vai gerar problemas no cronograma”, exemplifica, citando que a qualidade da mão de obra também é fundamental. “Uma mão de obra que pode ser otimizada é muito importante para que um empreendimento comece e termine sem percalços”, finaliza, mostrando que a sustentabilidade de uma obra não passa apenas pelas certificações de prédio verde ou por tecnologias empregadas em sua construção. Tudo começa no cumprimento do cronograma.
 
Entrevistado
Engenheiro Civil Wyllian Capucci, com pós-graduação em gestão e tecnologia de sistema construtivos na UFSCar
 
Contatos
wyllian@construtordetalento.com.br
contato@construtordetalento.com.br
www.construtordetalento.com.br
Crédito Fotos: Divulgação
Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330