Foi iniciado, com sucesso, o “Ciclo de diálogos e debates com a sociedade civil sobre temas urbanos e a revisão do Plano Diretor da cidade de São Paulo”, nesta terça-feira (19/02), pelo Fórum Suprapartidário por uma São Paulo Saudável e Sustentável. O evento contou com a presença do prefeito Fernando Haddad e do secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Fernando de Melo Franco. Eles apresentaram um diagnóstico socioeconômico da cidade, a atual configuração da ocupação do território e as propostas da atual gestão para modificar e qualificar o espaço urbano, considerando os princípios da sustentabilidade ambiental e da qualidade de vida de seus moradores, concretizada na proposta “Arco do Futuro”. O vice-presidente do SEESP, Laerte Conceição Mathias de Oliveira, foi o coordenador dos trabalhos. O ciclo atraiu a participação de centenas de pessoas, entre representantes de entidades da sociedade civil organizada, vereadores, partidos políticos, do Ministério Público, da universidade e de instituições públicas de pesquisa entre outros. A atividade teve a colaboração do Coletivo Sampapé, que fez a transmissão ao vivo, pela internet, possibilitando a participação maior da comunidade. A proposta “Arco do Futuro” compõe o programa de governo da atual administração municipal e se insere no debate do futuro Plano Diretor, por isso deverá ser objeto de debate democrático, com participação e mobilização social – consultas e audiências públicas – em todo o processo de elaboração e implementação. Vários temas foram levantados durante o debate desta terça-feira, na Câmara Municipal de São Paulo, que mostraram as várias preocupações da sociedade, como: a adoção de medidas efetivas para planejar, com inteligência, o crescimento da cidade, impedindo a verticalização desenfreada que atende a interesses exclusivos do mercado imobiliário; a necessidade de se respeitar o meio físico (geologia e geomorfologia) do território, com destaque para a drenagem (planejamento considerando as bacias hidrográficas), medidas para minorar os efeitos da ilha de calor urbana em que São Paulo se transformou, trazendo inúmeros transtornos para sua população (chuvas atípicas, alagamentos e enchentes). Uma nova concepção para reocupar o centro da cidade (imóveis desocupados, imposto territorial urbano, requalificação do ambiente construído e produção de moradias para a população mais pobre) foi outro tema destacado, assim como pensar uma cidade mais diversificada, de uso misto, com novas tipologias habitacionais que deem conta do novo perfil da cidade. Integração metropolitana A necessidade de a cidade conversar com os demais municípios da região metropolitana para atuação conjunta frente a problemas comuns está entre as preocupações dos paulistanos também. O novo Plano Diretor deve levar em conta, ainda, as demais políticas, a exemplo da de mobilidade, de saneamento, de resíduos sólidos, de habitação, de prevenção de riscos e de recursos hídricos. Outros debates serão organizados pelo fórum e devidamente informados para a população de São Paulo. |