Como continuidade dos textos anteriores, segue o tema sobre sincronismo organizacional em que todo o processo de visão sistêmica é reforçado e eleito como prioritário. Pois, o estágio atual de desenvolvimento da nossa sociedade exige das empresas maior reflexão perante as suas próprias atividades e perante à sociedade. E em função disso, as empresas possuem uma imagem ética, moral e de conhecimento a resguardar, dado que esses são o patrimônio essencial para a continuidade do próprio negócio, representando também um ativo econômico sensível à credibilidade que a sociedade exige. Por isso, tem-se como os principais fundamentos de uma empresa: o aglutinamento de capital; o lucro como mola propulsora para a sua manutenção; a organização da empresa, o conhecimento, a comunicação e o trabalho; a ética; a manutenção do meio ambiente como respeito à convivência com a natureza; a questão da necessidade dos seus produtos e serviços, assim como as parcerias, a qualidade e a inovação dos seus produtos e serviços; a especialização de cada trabalho; eficácia do conjunto; sua função social junto à sociedade; ou seja, isso mostra que as empresas são dependentes do seu relacionamento interno e externo. Tudo isso indica que, na verdade, o equilíbrio de uma empresa deve ser obtido de acordo com as atividades do mercado. E, desse ponto de vista, deve-se olhar de perto para um fenômeno que pode interferir em toda a conjuntura, seja ela política, econômica, social, estratégica e que, às vezes, podem ser favorável ou desfavorável, exercendo influência sobre a economia e o sobre conjunto mercadológico, no geral. Outro ponto de análise fundamental é representado pelo poder de investimento de uma empresa, que na realidade, define o poder de compra dos bens. Além disso, as áreas de atuação de uma empresa são bem abrangentes e diferenciadas em suas especializações, sua tecnologia, seu capital, evolução de currículo, entre outros, e isto se faz notar nos projetos, especializações ou tipos de serviços. Essas áreas podem ser subdivididas por grupos de projetos e/ ou serviços que espelham com maior clareza as atividades da empresa e a sua forma de atuação. Lembrando que as atuações de uma empresa pode ser de forma direta ou em forma de consórcio. O consórcio é uma forma de reunião de empresas de construção civil, montagem, instalações, entre outras, e que tem como meta a execução de um projeto. Tem como objetivo a aglutinação de capital e de capacidade técnica. A concessão de um serviço público consiste na delegação, por parte de um órgão federal, estadual, municipal ou companhia mista, à iniciativa privada ou semiprivada da responsabilidade de fazer funcionar um serviço que tem importância fundamental na vida coletiva de uma sociedade e que denominamos serviço público. Esses projetos, normalmente, são de longo prazo e de projeções difíceis de serem avaliadas, tendo em vista que as ocorrências nem sempre são possíveis de serem detectadas e, com toda a certeza, as mutações devem ocorrer como sempre tem acontecido em nossos projetos de longo alcance. O contrato de concessão é tão complexo quanto misterioso, tendo em vista as variáveis que podem ocorrer ao longo de 20 ou 30 anos. Inicialmente, o contrato é feito entre duas partes, porém, quem acabará sendo o usuário final é o cliente, que, na maioria dos casos, é uma terceira pessoa e, que inclusive, deverá efetuar os pagamentos e servir de juízo sobre a eficiência do processo. Portanto, as regras devem ser claras com relação à definição da concessão e de seus objetivos, procurando enumerar os riscos inerentes do processo. No processo de concessão, os itens informativos com relação ao aspecto técnico são essenciais, pois ajudam a determinar os parâmetros dos custos com maior precisão, e quanto maior for a negligência de informações, têm-se como resultado propostas mais inseguras. As disposições fiscais devem ser estabelecidas no início do projeto para que os proponentes possam realizar seus custos de forma adequada. O menor risco para um projeto como esse é aquele em que se pode envolver empresas que tenham capital disponível; situação econômica e financeira desejável; que estejam habituadas à obtenção de capital no mercado; tenham conhecimento técnico do objeto da concessão; tenham boa reputação ética e que estejam comprometidas com o meio ambiente e o social. Assim, o sincronismo organizacional implica em alinhar os indicadores estratégicos dos processos e das pessoas e, para obtê-lo, são necessários os redesenhos dos processos e a implantação da gestão dos processos. O primeiro passo é conhecer as áreas de conhecimento da empresa mediante uma matriz de responsabilidade que permite a análise dinâmica da estrutura organizacional, mostrando os relacionamentos existentes entre as diversas áreas. Essa matriz pode funcionar como um “painel de controle”, na medida em que mostra a interdependência das diversas áreas de conhecimento da empresa. A Análise de Matriz de Responsabilidade permitirá identificar os processos existentes na organização e deve ser redesenhado à medida que ocorram alterações estratégicas na empresa, ou mesmo para a melhoria contínua dos processos implantados, isso pensando na gestão dos processos direcionados para a qualidade e excelência na empresa. O direcionamento da gestão dos processos tem como objetivo “saídas” que validam a gestão da excelência e da qualidade na empresa, observando-se que muitas das saídas de um processo servem de entradas para outros processos, formando, na realidade, uma rede de interferências e interdependências. Por isso, é necessário que haja coerência com a visão inserida no planejamento estratégico, com as necessidades (atuais e futuras) da organização e com os mercados atendidos. Isso também significa realizar, sob a alta liderança da empresa, estudos que envolvam novos e modernos equipamentos, materiais e mão de obra especializada. Procurar, sempre que possível, a aplicação de técnicas de vanguarda, que possam trazer novidades tecnológicas e custos acessíveis. Também procurar produzir produtos com a melhor qualidade possível. Pois, as estratégias devem ser frutos de trabalho em equipe envolvendo a organização e a empresa deve gerenciar os seus projetos de maneira ética e transparente, considerando os interesses da sociedade e os incorporando ao planejamento das atividades e tornando-se parceira e co-responsável pelo desenvolvimento ético de nossa sociedade. |