Engenharia da UNIGRAN é autossuficiente em produção de energia
São quase 250m2 de placas fotovoltaicas que geram energia suficiente para atender o consumo do bloco de Engenharia – Divulgação/Unigran
Seguindo a maré da sustentabilidade a UNIGRAN, através de sua estrutura para os cursos de engenharia, o Cantão do Bosque, atingiu a autossuficiência em produção de energia elétrica. Neste espaço, onde estão sediados os cursos de Engenharia Civil e Mecânica, foram instaladas 156 placas fotovoltaicas que produzem cerca de 5.400kwh/mês, gerando para a Instituição redução de custos e para o meio ambiente um menor impacto, ao evitar a emissão de CO2 (Dióxido de Carbono) e outros malefícios que naturalmente resultam dos métodos convencionais de produção de energia.
Conforme o coordenador do curso de Engenharia Civil, Luiz Henrique de Carvalho, a tecnologia acerca de energia solar já está em elevado nível de desenvolvimento e também se tornou acessível para uma parcela significativa de residências e estabelecimentos comerciais. Carvalho explica que diferente do que se pensava no passado, a energia gerada durante o dia não é armazenada para ser utilizada durante a noite, já que isso seria inviável por diversos aspectos. “Durante o dia, principalmente quando o céu está limpo, a geração de energia através dos painéis é bem maior do que a consumida por toda a estrutura, assim, a energia excedente é vendida para a concessionária local que explora o setor, fazendo a Instituição ficar com quilowatts de crédito, que são utilizados para pagar a eletricidade consumida no período noturno”, desmistificou.
O coordenador reforça a temática ao dizer que é fundamental que os novos engenheiros sejam formados dentro desta doutrina da sustentabilidade, pois num futuro próximo estes fatores serão preponderantes e deverão ser seriamente considerados e inseridos em todos os projetos. “Atualmente percebemos que o ciclo hidrológico tem se alterado, de modo que caminhos para uma era de extremos, com muita chuva ou muita seca. Isso pode prejudicar seriamente a produção de energia através das hidrelétricas, que poderão não atender a demanda durante o período de estiagem. Por este motivo, métodos hoje alternativos, como a energia solar e a eólica, terão no futuro uma maior participação na matriz energética do Brasil”, complementou.
Residências autossuficientes
Cardoso fala também que além das empresas, a autossuficiência também é possível e acessível em residências, sejam elas grandes ou pequenas. Atualmente existem várias empresas especializadas que possuem equipamentos avançados a um preço que torna a tecnologia “palatável” para uma boa fatia das famílias brasileiras. À partir de R$ 8.000 é possível adquirir um kit que gera mais de 100kwh/mês, o que pode resultar em uma conta de energia com valores irrisórios, tendo em vista que mais da metade do consumo será sustentado pelos painéis solares.
Mini hidrelétrica
A UNIGRAN também planeja para um futuro próximo a construção de uma mini usina hidrelétrica em um curso d’água que corta o Cantão do Bosque. A nova tecnologia permite uma estrutura minimalista que não exige barragem, necessitando apenas um pequeno desvio de parte do fluxo de água, aproveitando a força natural da correnteza. Este novo projeto fará a unidade manter o status de autossuficiência em produção de energia, considerando que novos blocos já estão em construção no local, o que naturalmente elevará o consumo. A experiência irá proporcionar aos acadêmicos uma vivência real com a sustentabilidade, experiência esta que irá contribuir muito com o mercado, que receberá profissionais com consciência e técnica para a elaboração de construções que onerem menos o meio ambiente.