Odebrecht virtualiza TI com Citrix
O projeto envolveu a virtualização de aplicações, desktop e thin clients, passando 82% do ambiente de desktop para virtual e resultando em economia de 50% nos custos operacionais de TI, segundo Aurélio Rodrigues, gerente de TI da OEP.
Com o trabalho, que levou 75 dias, a empresa agora opera com 60 servidores de aplicação e banco de dados, 21 servidores XenApp, 24 XenDesktops e 125 aplicações, sendo 45 especialistas.
“A produtividade dos profissionais que possuem este sistema dobrou em relação aos que ainda não tiveram a tecnologia implantada”, afirma Rodrigues. “Acredito que em breve esta realidade atingirá 100% do nosso quadro”, completa.
O executivo ressalta que para a empresa, que trabalha com programas pesados de 2D e 3D para a elaboração de projetos, o uso de virtualização não é usual, mas a aceitação tem sido boa entre os colaboradores,em função dos resultados trazidos.
“Tivemos um problema de vazamento em um dos andares do escritório, que o deixou totalmente alagado. Todos os colaboradores tiveram de subir para o andar superior e, graças à mobilidade proporcionada pelo sistema, foi como se nada tivesse acontecido em relação à produtividade”, comenta.
BILIONÁRIA
A Odebrecht pretende elevar dos atuais US$ 40 bilhões para US$ 200 bilhões seu faturamento até 2020, e tem a TI na base desta estratégia.
A estratégia foi declarada pelo CIO da corporação, André Schneiter, durante a abertura do Oracle Open World 2012, em abril do ano passado, em São Paulo.
“Se pensarmos que no ano 2000 faturávamos US$ 1 bilhão, de lá para cá crescemos 40 vezes. Crescer cinco vezes em oito anos não deverá ser tão difícil, mas a TI e a inovação terão papel chave nisso, e já estamos trabalhando”, comentou o CIO.
O trabalho começou pela integração: a Odebrecht atua em 18 países, com 15 divisões de negócios que vão da construção civil aos transportes, passando pela produção de açúcar e álcool, seguros e defesa, até a saúde.
Para suportar tudo isso, a companhia investiu também em um pacotão Oracle, que hoje soma cerca de 150 produtos na companhia.
De origem baiana, a Odebrecht usa todos os aplicativos da fornecedora norte-americana, nas linahs EBS, People Soft, Hyperion e outras; além de soluções de middleware (ODI, Fusion etc), serviços de consultoria e o appliance de computação em memória Exadata, com as divisões Exalytics e Exalogic.
O quadro de soluções está a caminho da unificação em todos os países de atuação da Odebrecht, o que, segundo declarou Schneiter, é passo chave para alcançar a meta de crescimento até 2020.
INTEGRADORA
Fornecedora do atual projeto de virtualização da unidade de Engenharia de Projetos da corporação, a Add Value tem matriz em São Paulo e regionais no Rio de Janeiro e Curitiba.
A integradora é focada em soluções Citrix e, segundo o diretor da companhia, Thiago Sposito, é a principal revenda Citrix Platinum da América Latina.
A carteira de clientes traz nomes da indústria, varejo, construção civil e bancos.