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BNDES empresta R$ 300 mi a SP para ampliação de hidrovia Tietê-Paraná

Folha de São Paulo - 10 de janeiro de 2014 1165 Visualizações
BNDES empresta R$ 300 mi a SP para ampliação de hidrovia Tietê-Paraná
 
O BNDES aprovou financiamento de R$ 307 milhões para a implantação de melhorias no sistema hidroviário do Estado de São Paulo. O crédito está em linha com a nova diretriz do Planalto para o banco, a de focar sua atuação na área de infraestrutura.
Segundo o banco, as obras permitirão aumentar a carga transportada na hidrovia Tietê-Paraná para até 11 milhões de toneladas em 2020. Em 2011, foram transportadas 5,8 milhões de toneladas de carga pela hidrovia.
O sistema é um importante elo para o escoamento da safra de grãos do centro-oeste e do álcool e açúcar produzidos no interior do Estado.
O projeto do governo paulista prevê investimento total de R$ 1,034 bilhão e está incluído no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), da União.
A participação do BNDES será de 31,2% do financiamento do projeto. Outros R$ 584,2 milhões virão de recursos do orçamento federal.
Durante a fase de implantação do empreendimento, serão gerados mais de 17 mil empregos diretos e indiretos.
Obras
Nos planos do governo de São Paulo estão a implantação da eclusa da Penha, ampliação e retificação dos canais de Botucatu e Conchas, a implantação do Terminal Portuário de Araçatuba e das barragens e eclusas de Anhembi, Conchas e Santa Maria da Serra, todas na hidrovia Tietê-Paraná.
A hidrovia tem sob sua área de influência os Estados de São Paulo, Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais e integra um sistema de transporte intermodal (hidro-rodo-ferroviário), funcionando como alternativa de corredor de exportação até o Porto de Santos.
Sua importância se dá também por integrar a bacia dos rios Paraná com as bacias do Rio da Prata, Uruguai e Paraguai, formando um sistema com cerca de 7.700 km de vias navegáveis, unindo Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.
Foco
Sob orientação do governo federal, o BNDES emprestará menos neste ano –R$ 150 bilhões, contra R$ 190 bilhões em 2013. A decisão é priorizar a infraestrutura e a logística, em detrimento à indústria. O banco vê mais potencial para esse setor se financiar no mercado de capitais privado.