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Monitoramento de caminhões tem início

Fernanda Balbino – A Tribuna (Foto: Carlos Nogueira) - 05 de fevereiro de 2014 996 Visualizações
Monitoramento de caminhões tem início
 
A Secretaria de Portos (SEP), os ministérios dos Transportes e Agricultura e a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp, a Autoridade Portuária) iniciam hoje o monitoramento da movimentação de caminhões em direção ao Porto de Santos, para o escoamento da safra agrícola. O fluxo de veículos deve se acentuar a partir do próximo dia 15, segundo as autoridades.
O monitoramento é uma ação planejada para mitigar os transtornos nas estradas de acesso ao Porto e às cidades da Baixada Santos – no ano passado, durante o escoamento da safra, vários congestionamentos nas rodovias da região prejudicaram as operações portuárias e a mobilidade entre as cidades.
Em reunião ontem, na sede da Codesp, foi anunciado o início do programa de controle do tráfego e foram escolhidos quatro pontos nas estradas para a verificação do agendamento dos caminhões que seguem em direção ao cais santista. Eles estão localizados no caminho entre as zonas produtoras de soja, que ficam no norte do Mato Grosso (MT), e o Porto.
O sistema de agendamento determinado pela Codesp prevê que todos os caminhões devem agendar sua chegada ao cais santista e respeitar essa programação. E aqueles carregados com granéis devem passar, obrigatoriamente, por pátios reguladores antes do acesso ao cais santista.
Já os veículos que transportam outras cargas não vão precisar passar pelos pátios. Apenas deverão ser agendados para ter acesso aos terminais.
Segundo a norma, cada terminal terá uma cota de recepção de caminhões a ser elaborada pela Codesp. Essa quantidade será definida por uma janela de tempo (período fixo e contínuo de seis horas), de acordo com a capacidade operacional da empresa e a capacidade máxima de utilização de seu estacionamento interno.
De acordo com o diretor do Departamento de Informações Portuárias da SEP, Luis Claudio Santana Montenegro, a sala de situação da Codesp será o centro de controle desse tráfego. Lá, serão feitas reuniões semanais com o grupo interministerial e todos os órgãos envolvidos na operação.
“O importante é que todos saibam quais são as competências e o que fazer em caso de algum imprevisto como acidente de trânsito ou até mesmo dias de chuva ininterrupta. Para casa caso, haverá um responsável que deverá ser localizado para as devidas providências”, explicou o diretor.
Estacionamentos
Dois novos pátios reguladores foram escolhidos como bolsões de estacionamento para os caminhões que seguem em direção ao Porto de Santos. As áreas, que ficam em Santos e Sumaré, na região de Campinas, foram definidas pelo grupo que estuda o escoamento da safra agrícola pelo complexo santista e podem entrar em operação imediatamente.
A implantação de novos pátios reguladores faz parte das estratégias traçadas pelo grupo interministerial que analisou o problema do escoamento da safra agrícola pelo Porto de Santos. Representantes da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e do Ministério dos Transportes apresentaram também a necessidade de agendamento de caminhões. No total, 23 áreas localizadas em 12 cidades foram apresentadas por seus proprietários para abrigar bolsões de estacionamento.
Os primeiros nove terrenos foram apresentados por seis proprietários. Eles estão localizados nas cidades de Cubatão, São Vicente, São Bernardo do Campo, Sumaré, Guararema, Ribeirão Pires, Mauá e Suzano. As três últimas ficam nas proximidades do Rodoanel Mário Covas, em seu Trecho Leste.
Já as outras 14 áreas apresentadas posteriormente como potenciais pátios pertencem a apenas três empresas. Elas ficam nas cidades de Santos, Cubatão, Lorena, São Bernardo do Campo, Guarujá e Bertioga.
De acordo Luis Claudio Santana Montenegro, as duas áreas anunciadas ontem como pátios reguladores estão em fase final de implantação do sistema de agendamento de veículos da Codesp.
A primeira área definida fica em Sumaré, no Interior de São Paulo, e pertence ao Grupo Cosan, arrendatário das instalações ocupadas pela Rumo Logística no Porto de Santos. Já o segundo terreno fica em Santos e também pode entrar em operação a qualquer momento, pois não tem pendências administrativas e não necessita de obras civis.
“Essa área do Planalto já recebe caminhões, portanto não precisa de autorizações e de obras de infraestrutura. Além disso, lá pode-se armazenar a carga, tirá-la do caminhão e passar para trens, em caso de necessidade. As duas estão em fase final de implantação de sistema”, destacou Montenegro.
Conforme o diretor da SEP, mesmo com a escolha das duas áreas, o processo de credenciamento de terrenos ainda não acabou. Segundo ele, outras glebas ainda podem se tornar pátios reguladores para atuar em conjunto com o Rodopark e o Ecopátio, localizados em Cubatão.
“Há uma outra área que estamos avaliando com mais cuidado para um terminal específico. Há ainda mais nove interessados, que apresentaram quase 25 áreas que estamos avaliando. Tudo terá um cronograma, alguns começam agora e outros ao longo do ano”, afirmou o representante da SEP.