Reforçar a implementação da Norma de Desempenho é o grande desafio para 2014, afirmou a secretária Nacional de Habitação, Inês Magalhães, ao participar da abertura do seminário Impactos da Norma de Desempenho, em 17 de fevereiro, no auditório lotado do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas). O evento, promovido por CBIC, SindusCon-SP e IPT, reúne 280 pessoas, é assistido por mais 80 em tempo real pela internet e se encerra hoje, 18 de fevereiro. Segundo Inês, além de usar o poder de compra, vamos buscar intensificar parcerias com as construtoras, as universidades, as prefeituras, os laboratórios de ensaios, a Caixa e o Banco do Brasil. Vamos utilizar o Programa Minha Casa, Minha Vida para popularizar a adoção da Norma de Desempenho. As universidades precisarão correr para mudar a formação do estudante desde a fase do projeto. Junto com as construtoras, elas precisarão mudar o modelo mental prescritivo [para um voltado ao desempenho da moradia]. Na ocasião, o presidente do SindusCon-SP, Sergio Watanabe, destacou a necessidade de toda a cadeia produtiva enfrentar o desafio de implementar a norma, um divisor de águas [em favor do aumento da qualidade das edificações], para a qual o SindusCon-SP tem orgulho em contribuir como mantenedor do CB-02 da ABNT. Ele ainda fez questão de homenagear todos aqueles que colaboraram para a edição e a revisão da norma, nas pessoas dos engenheiros Ercio Thomaz, do IPT, e Carlos Borges e Fábio Villas Boas, do Comitê de Tecnologia e Qualidade do SindusCon-SP. Código de Obras – O secretário adjunto da Secretaria Especial de Licenciamento de São Paulo, Paulo Ricardo Giaquinto, anunciou a intenção da Prefeitura de, na revisão do Código de Obras, deixar as exigências para a Norma de Desempenho e outras que são fundamentais, dispensando a revisão do Código a cada salto tecnológico que for dado. O presidente da CDHU, José Milton Dallari, disse que esta companhia estatal já vem implementando as exigências com a segurança e o conforto térmico e lumínico das habitações antes mesmo da revisão da norma, devendo agora entrar na parte do conforto acústico. Como isto implica custos adicionais, a implementação deverá ser gradual, afirmou. A coordenadora do PBQP-H, Maria Salette Weber, destacou a necessidade de dar capilaridade à implementação da Norma de Desempenho, mediante parcerias do governo federal com governos estaduais, municipais, universidades, cadeia produtiva etc. O governo não abre mais mão do atendimento à norma, atendendo a uma habitabilidade melhor, nem que seja com o desempenho mínimo, isto precisa ser um compromisso de todos nós. Na mesma linha, José Carlos Martins, vice-presidente da CBIC, defendeu a necessidade de fortalecer as parcerias em favor da mudança cultural propiciada pela norma. Precisamos nos manter persistentes e firmes para manter o tema na pauta da construção, afirmou, ao anunciar a formação de um webforum com especialistas do IPT para tirar dúvidas em relação à aplicação do regramento. Fernando Gomes Landgraf, presidente do IPT, disse que o instituto espera poder colaborar para a evolução da norma, que ao focar no desempenho da edificação coloca o Brasil junto com os países mais avançados do mundo. |