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Intel amplia servidor neuromórfico para 100 milhões de neurônios

Redação do Site Inovação Tecnológica - 27 de março de 2020 797 Visualizações
Intel amplia servidor neuromórfico para 100 milhões de neurônios
Processador neuromórfico

A Intel anunciou a disponibilização de seu mais recente sistema neuromórfico, fornecendo a capacidade computacional de 100 milhões de neurônios artificiais.

Isso representa uma ampliação em mais de 750 vezes do primeiro processador neuromórfico da empresa, chamado Loihi, lançado em 2018.

A integração, batizada de Pohoiki Springs, é um sistema montado em um rack pronto para uso em um data center, que integra 768 processadores Loihi dentro de um chassi do tamanho de cinco servidores padrão. O conjunto opera em um nível de potência inferior a 500 watts.

A máquina por enquanto não será vendida, mas o sistema será disponibilizado em nuvem aos membros da "Comunidade de Pesquisa Neuromórfica Intel", estendendo o serviço neuromórfico para resolver problemas maiores e mais complexos do que era possível até agora.



O sistema completo já está montado em racks típicos dos data centers, mas ainda não será vendido comercialmente.
[Imagem: Intel/Divulgação]


Processadores Loihi

Os processadores Loihi se inspiram no cérebro humano, sendo feitos não com transistores, mas com memoristores.

Cada chip Loihi pode processar alguns tipos de cargas de trabalho até 1.000 vezes mais rápido e com uma eficiência energética 10.000 vezes maior do que os processadores convencionais, segundo a Intel.

Cada processador Loihi contém cerca de 130.000 neurônios artificiais, cada um dos quais pode se comunicar com milhares de outros simultaneamente, permitindo um elevado grau de paralelismo. Para facilitar o desenvolvimento de aplicações, os programas podem acessar e manipular os recursos no chip por meio de um mecanismo de aprendizado incorporado em cada um dos 128 núcleos.

Como o hardware foi otimizado especificamente para as redes neurais pulsadas, ele suporta um aprendizado de máquina mais veloz em ambientes não estruturados para sistemas que exigem operação autônoma e aprendizado contínuo.

Mas o Pohoiki Springs levar essa capacidade um passo além, com potencial de resolver não apenas problemas de inteligência artificial, mas uma ampla gama de problemas de alta demanda de recursos computacionais, incluindo alguns problemas matemáticos notoriamente complexos.

Processador neuromórfico resolve equações em um único passo

Intel amplia servidor neuromórfico para 100 milhões de neurônios


Esta é uma placa Nahuku, que pode conter de oito a 32 processadores Loihi.
[Imagem: Intel/Divulgação]


Sistema de pesquisa

A Intel afirma que seus sistemas neuromórficos ainda estão em fase de pesquisa - por isso eles ainda não estão sendo colocados à venda - e não se destinam a substituir os sistemas de computação convencionais.

Em vez disso, eles fornecem uma ferramenta para os pesquisadores desenvolverem e caracterizarem novos algoritmos de inspiração biológica para processamento em tempo real, solução de problemas, adaptação e aprendizado, diz a empresa.