Em 65º ,Brasil cai 20 posições em ranking de logística
A Tribuna
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26 de março de 2014
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O Brasil caiu 20 posições no ranking mundial de logística do Banco Mundial, que mede a eficiência dos sistemas de transporte em 160 países. O relatório leva em conta a percepção dos empresários em relação à eficiência da infraestrutura de transporte. O Brasil passou a ocupar o 65o lugar no ranking. Trata-se da pior colocação desde que o ranking foi lançado, em 2007.
Paulo Fleury, diretor-geral do Ilos, Instituto de Logística e Supply Chain, define o resultado como “desastroso” para o País. “A hora da verdade chegou: o Brasil investiu bilhões em obras de infraestrutura de transporte que por problemas de gestão não foram terminadas e está aí o resultado”.
Na avaliação de Fleury, o fato de o estudo não medir os avanços ou retrocessos físicos, mas a percepção dos empresários, é sintomático. Pouca coisa mudou na infraestrutura do País nos últimos anos, mas a posição do Brasil no ranking foi se alterando. No lançamento, em 2007, quando a pesquisa foi lançada, o Brasil ocupava o 61o lugar. Em 2010, ficou na sua melhor colocação: 41o posto.
Em 2012, caiu para a 45o posição. De lá para cá despencou para a sua pior colocação.
Fleury atribui as oscilações a mudanças nos cronogramas das obras. “Quando a primeira pesquisa foi realizada, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) havia acabado de ser lançado e a expectativa de melhora empurrou o indicador para cima por um tempo”, diz Fleury. “Como as obras não saem do papel, mas a demanda por transporte aumentou, estrangulando o sistema, a frustração só fez aumentar e nem as concessões no ano passado conseguiram melhorar os ânimos”.
Levantamento do Ilos mostra que o atraso médio nas obras do PAC é de 48 meses – cerca de quatro anos. Há também enorme descompasso entre o custo orçado e o custo que se viu na prática. O aumento médio foi de 85%.
Muitas deficiências
O Banco Mundial também divulgou a classificação dos países em seis itens específicos na área de logística e transporte, usados em conjunto para determinar a classificação geral. O segmento que o Brasil está mais bem colocado é na “qualidade e competência logística” (50a posição) e o pior no “serviço de aduanas e alfândegas” (94a).
Na categoria “rastreamento e monitoração”, está em 62o e nas “entregas internacionais” em 81o. (Estadão Conteúdo)