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No Brasil, obras públicas e imobiliárias não paralisaram

Cimento Itambé - 15 de maio de 2020 886 Visualizações
Duplicação da BR-116, no Rio Grande do Sul-RS: trecho de 27 quilômetros acaba de ser inaugurado.
Crédito: DNIT

No dia 7 de maio de 2020, através de decreto do governo federal, a construção civil passou a ser considerada atividade essencial em todo o país. Na prática, significa que o setor tem permissão de continuar operando durante a pandemia de Coronavírus. A decisão formalizada em Brasília-DF apenas confirma o que na prática já vinha ocorrendo. Com base em dados do mês de abril, CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) e ABRAINC (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias) mostram que as obras públicas e imobiliárias que já estavam em execução antes da chegada da COVID-19 ao Brasil seguem com seus canteiros ativos. 

Pavimentação da Transamazônica acontece em trechos de 7 estados: Paraíba, Ceará, Piauí, Maranhão, Tocantins, Pará e Amazonas.
Crédito: DNIT

De acordo com os números da ABRAINC, 94% das obras do setor imobiliário estão em andamento no país. Quanto às obras públicas, a CBIC informa que as que já possuíam orçamentos e licenças aprovados também não sofreram interrupções. Algumas, inclusive, foram recentemente inauguradas. Como o trecho de 27 quilômetros da duplicação da BR-116 no Rio Grande do Sul. As obras na rodovia continuam e o objetivo é finalizar até 2021 a duplicação de 211,2 quilômetros entre Guaíba e Pelotas. A estrada é a principal via de acesso ao Sul do estado e ao porto de Rio Grande. Também é um importante corredor de ligação com o Mercosul.

Segunda ponte ligando Brasil e Paraguai: lado brasileiro segue em ritmo acelerado e concretando blocos de fundação.
Crédito: Alexandre Marchetti/Itaipu Binacional

Outra obra rodoviária de grande envergadura está em andamento entre as regiões norte e nordeste do país. Trata-se da pavimentação da rodovia Transamazônica, que corta os estados da Paraíba, Ceará, Piauí, Maranhão, Tocantins, Pará e Amazonas. A estrada possui cerca de 4 mil quilômetros de extensão e encontra-se em fase de execução em vários segmentos. A obra está a cargo do 1º batalhão de engenharia de construção do exército. 

No Paraná, com recursos da Itaipu Binacional, a construção da segunda ponte ligando Brasil e Paraguai também não sofre interrupção. Foi finalizada a concretagem dos blocos de fundação dos pilares principais e a obra encontra-se na etapa de armação da torre-mastro do lado brasileiro. O concreto é fornecido pela empresa Minero Mix, de Foz do Iguaçu-PR, que utiliza Cimento Itambé. Os recursos para a ponte somam 463 milhões de reais, considerando estrutura, desapropriações e o projeto de uma perimetral no lado brasileiro. A previsão de conclusão é para o final de 2022.

Apesar do volume de obras em andamento, nível de atividade do setor diminuiu

Obra de revitalização do Vale do Anhangabaú, em São Paulo-SP, vai receber placas cimentícias em área de 53 mil m².
Crédito: Roberto Parizotti/Fotos Públicas

Nas capitais também existem obras de mobilidade urbana em andamento, como a revitalização do Vale do Anhangabaú, em São Paulo-SP, e o complexo de viadutos e trincheiras no trecho norte da Linha Verde, em Curitiba-PR. No projeto paulistano, o pavimento de pedras portuguesas será trocado por placas cimentícias permeáveis, em uma área de 53 mil m². Na obra curitibana, o lugar do antigo trevo do Atuba está recebendo 926 estacas em concreto pré-moldado para sustentar as novas estruturas viárias da Linha Verde. A trincheira e os viadutos vão dispensar a necessidade de semáforos para organizar o tráfego na região.

Linha Verde, em Curitiba-PR: lugar do antigo trevo do Atuba está recebendo 926 estacas em concreto pré-moldado para sustentar as novas estruturas viárias.
Crédito: Daniel Castellano/SMCS

Apesar do volume de obras em andamento, os organismos de classe que monitoram as construções no país admitem que, desde o início da pandemia, o nível de atividade do setor diminuiu. A parte mais afetada é a que envolve os projetos que estavam em fase de maturação e prestes a serem lançados. No caso do setor imobiliário, as regras de distanciamento social têm atingido principalmente o segmento de médio e alto padrão, onde os clientes fazem questão de visitar “in loco” a unidade decorada antes de encaminhar a negociação. Quanto aos novos projetos de infraestrutura, pesa a limitação no orçamento da União, de estados e dos municípios, já que a saúde passou a priorizar a liberação de recursos.

 

Entrevistado
Reportagem com base em dados recentes apresentados pela CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção) e pela ABRAINC (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias), junto com DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes)

Contato
comunicacao@abrainc.org.br
ascom@cbic.org.br
imprensa@dnit.gov.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330