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Ritmo de expansão em energia renovável deve cair pela 1ª vez em 20 anos, diz IEA

Por Reuters - 21 de maio de 2020 643 Visualizações
Ritmo de expansão em energia renovável deve cair pela 1ª vez em 20 anos, diz IEA
Turbinas de um parque eólico são vistas na região do norte da Bahia, perto da cidade de Juazeiro — Foto: Marcelo Brandt/G1


O ritmo de crescimento da capacidade global em energia renovável deve ver o primeiro recuo anual em 20 anos em 2020, em meio a impactos da pandemia de coronavírus, mas a expectativa é de retomada no próximo ano, disse a Agência Internacional de Energia (IEA) nesta quarta-feira (20).

O mundo deve construir menos parques eólicos, solares e outras instalações que produzem energia limpa neste ano devido à retração na demanda dos setores comerciais e industrial e a problemas logísticos que devem atrasar projetos.

"Os países continuam a construir novas turbinas eólicas e parques solares, mas em um ritmo bem mais lento", disse o diretor-executivo da IEA, Fatih Birol.

"Mesmo antes do impacto da pandemia de Covid-19, o mundo precisava acelerar significativamente o desenvolvimento de renováveis para ter chances de atingir suas metas de energia e climáticas", acrescentou ele.
A capacidade instalada em renováveis neste ano deve crescer em um total de 167 gigawatts, ou 13% a menos que no ano passado, segundo relatório da IEA sobre o setor. Mas a capacidade global em renováveis ainda terá uma expansão, com crescimento estimado de 6% em 2020.

A expansão mais lenta neste ano reflete atrasos em construções devido a problemas na cadeia de suprimentos, medidas de isolamento e de distanciamento social e também desafios de financiamento.


No próximo ano, o ritmo de crescimento deve voltar ao nível visto em 2019, com a entrada em operação de projetos atrasados e levando em conta uma continuidade de políticas governamentais de apoio ao setor. Ainda assim, a expansão combinada em 2020 e 2021 deverá ser 10% menor que a prevista pela IEA antes da pandemia.

Quase todos mercados maduros foram afetados por revisões da expansão prevista, exceto os Estados Unidos, onde investidores estão correndo para terminar projetos antes do vencimento de créditos fiscais.