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Engenheiros avaliam obras do PAC em mobilidade urbana no Rio

Jornal do Brasil - 30 de abril de 2014 1128 Visualizações
Engenheiros avaliam obras do PAC em mobilidade urbana no Rio
Cidade, que enfrenta sérios problemas de transporte, foi palco para discussão sobre o modelo ferroviário, na sexta (25), às 9h, com a presença do governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão.
Com 160 anos de ferrovias no Brasil, entidade de classe comemora a data de 30 de abril com alerta sobre o retrocesso do sistema de linhas de trens no país.
Para comemorar os 160 anos das ferrovias brasileiras, a Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) propôs um debate sobre a necessidade do transporte ferroviário para o desenvolvimento nacional. Os investimentos em mobilidade urbana - com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC I e II) do governo federal - e em infraestrutura no país foram temas do seminário “Sistema Ferroviário Brasileiro - Diagnósticos e Propostas”, que aconteceu na sexta-feira (25), a partir das 9h, na Federação do Comércio do Rio de Janeiro (Fecomercio-RJ).
Para encontrar soluções para as ferrovias brasileiras, participaram do seminário especialistas e representantes do setor, como o ex-secretário de Política Nacional de Transportes do Ministério dos Transportes e consultor de transporte e logística, Marcelo Perrupato, além de autoridades, como o governador do Estado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão. 
Durante o evento, foi apresentado um projeto de revitalização da primeira ferrovia brasileira, na Estrada de Ferro Barão de Mauá, para a concepção do Museu da Ferrovia do Rio de Janeiro. A ideia é aproveitar o espaço da estação de trem abandonada, no centro da cidade precursora desse modal de transporte, para promover a cultura na região. Uma mesa redonda com profissionais do setor público e das concessionárias do setor privado também debateram a proposta que pretende valorizar o histórico ferroviário da cidade.
Segundo avaliação da FNE, de acordo com dados do Instituto Ilos, especializado em logística, o transporte de carga por ferrovias é cada vez mais uma opção para alavancar um crescimento econômico sustentável e melhorar a infraestrutura nacional. “As obras do PAC I e II foram importantes para impulsionar a infraestrutura brasileira, mas precisam ser concluídas. Investir em ferrovias é uma alternativa de menor custo em relação ao uso de rodovias, por exemplo. Hoje, empresas dos setores sucroalcooleiro, de celulose e de mineração são as que mais utilizam esse transporte, mas a malha ferroviária deve ser ampliada”, destaca o presidente da entidade, Murilo Celso Pinheiro.
Hoje, o Brasil tem, aproximadamente, 29 mil quilômetros de ferrovias, mas a demanda pelo transporte de carga e de passageiros, em especial, na cidade do Rio de Janeiro, é cada vez maior. Para o presidente da FNE, Murilo Celso Pinheiro, “o sistema ferroviário brasileiro regrediu ao longo dos anos”.  Na sua avaliação, “hoje, pela falta de investimentos, temos um número menor de trilhos e o volume de cargas por quilômetros também é muito inferior. Para um país continental como o nosso, é impossível pensar em desenvolvimento nacional sem pensar em um sistema de transporte mais econômico como as ferrovias”.
 
Projeto Cresce Brasil
O evento fez parte do projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, cuja primeira versão foi lançada em 2006, que propõe a discussão periódica dos principais problemas nacionais e sugere propostas de solução. Desta vez, os especialistas discutiram os pontos sensíveis do setor ferroviário para preparar recomendações técnicas, que serviram de base para a elaboração da terceira edição do documento Cresce Brasil - que foi apresentado aos candidatos à Presidência nas eleições de 2014. O documento serviu de base para a elaboração do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal