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Quem movimenta o setor de máquinas para a construção?

Cimento Itambé - 10 de julho de 2020 1241 Visualizações
Quem movimenta o setor de máquinas para a construção?

Empresas de locação de máquinas pesadas projetam crescer entre 10% e 15% em 2020, se ritmo do 1º semestre for mantido Crédito: Banco de imagens
 

A pandemia não paralisou o setor de máquinas para a construção. Há segmentos em crescimento, como o de pequenos equipamentos, movimentado por obras menores, reformas e construções de casas, sobrados e prédios pequenos. Também está em alta a locação de máquinas pesadas, que fechou o 1º semestre com otimismo. Se os negócios se mantiverem aquecidos até o final do ano, a expectativa é fechar 2020 com crescimento entre 10% e 15%.

Os fabricantes nacionais também têm se beneficiado, pois as importações ficaram mais difíceis, em função do câmbio e do fechamento de fronteiras por causa da COVID-19. O que também tem animado o setor é o aumento pela procura por veículos novos da linha amarela. Empresas buscam renovar a frota, por dois motivos: máquinas antigas e paradas elevam o custo de manutenção e equipamentos recém-lançados agregam tecnologias e geram economia de combustível.

As projeções foram apresentadas no webinar “Investimentos em equipamentos no mercado em transformação”, promovido pela Sobratema (Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração). Segundo Expedito Eloel Arena, fundador da franquia Casa do Construtor, em São Paulo-SP, “o setor de pequenas obras e de reformas têm sustentado os negócios neste período”. Entre os principais equipamentos procurados estão betoneiras de até 250 litros e politrizes para concreto.

Existe também a procura por máquinas que possam substituir ou reduzir a mão de obra nos canteiros. O motivo, dizem as construtoras, é que o custo com pessoal aumentou significativamente, por causa das novas medidas para manter a segurança e a saúde dos trabalhadores. Isso engloba alojamento, transporte e saúde física e psicológica das pessoas. Além disso, a pandemia afastou um bom número de operários. “Há ainda a falta do capital humano, já que as pessoas que fazem parte do grupo de risco foram afastadas e algumas delas são peças-chave para o processo”, revela Carlos Magno Cascelli Schwenk, outro participante do webinar.

Marco regulatório do saneamento e concessões de ferrovias podem dar impulso ao setor

Para o consultor da Sobratema, Mario Miranda, o mercado brasileiro de equipamentos tem a tendência de acompanhar o PIB do país, sejam em viés de alta ou de baixa. Mas existem anos em que há um descolamento, como já ocorreu em 2019. No ano passado, o volume de vendas da linha amarela cresceu 94% na comparação aos anos de 2016, 2017 e 2018. Apostando num novo impulso para o 2º semestre, o engenheiro civil Afonso Mamede, presidente da Sobratema, enfatiza a importância da aprovação do marco regulatório do saneamento básico e destaca o plano do ministério da Infraestrutura para a concessão de ferrovias no Brasil. “São duas alavancas que devem mexer sensivelmente com o mercado”, avalia.

O webinar também abordou as mudanças do mercado de máquinas e equipamentos para a construção na pós-pandemia. Segundo os participantes, a locação se tornará uma tendência forte. “A opção pela locação é feita no planejamento. Ela pode ser um bom negócio em diversas situações. Por exemplo, quando é necessário um equipamento específico ou é preciso ter a expertise sobre a aplicação da máquina. Outro fator que viabiliza ou não a locação é o prazo de execução da obra. Entretanto, há contratos que exigem que a construtora utilize equipamentos próprios”, conclui Reynaldo Fraiha, presidente da Analoc (Associação Brasileira dos Sindicatos e Associações Representantes dos Locadores de Equipamentos, Máquinas e Ferramentas).

Veja o webinar “Investimentos em equipamentos no mercado em transformação“

Entrevistado
Reportagem com base no webinar “Investimentos em equipamentos no mercado em transformação”, promovido pela Sobratema

Contato
sobratema@sobratema.org.br

Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330