Agronegócio e construção civil são os únicos setores da economia brasileira que, após 8 meses de pandemia de COVID-19, mantêm o nível de emprego formal em viés de alta. Segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) publicados dia 30 de setembro, em 2020 a construção já gerou um saldo positivo de 58.464 vagas. Ou seja, mais contratou do que demitiu trabalhadores com carteira assinada. Já o agronegócio tem um saldo de 98.320 postos de trabalho.
Por enquanto, agosto é o mês com melhor desempenho da construção civil. O setor gerou 50.489 novas vagas e as projeções indicam que os números do Caged para os últimos meses de 2020 devem se manter positivos. Com os resultados até o momento, o total de trabalhadores com carteira assinada na construção civil chega a 2 milhões e 225 mil e atinge o maior patamar do ano. Segundo as estatísticas, o volume de geração de empregos para o mês de agosto foi a melhor desde 2010.
Os dados específicos sobre a abertura de vagas na construção civil, trazidos no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, mostram que as obras de infraestrutura voltam a impulsionar a geração de empregos. Pela primeira vez em 2 anos, o segmento criou mais oportunidades que os empreendimentos imobiliários: 20.546 contra 17.044, em agosto. Já os serviços especializados empregaram 12.899 trabalhadores. Isso teve reflexo também na geração de empregos da indústria da construção. A abertura de vagas avançou 1,9%, em média.
No Paraná, construção civil lidera volume de novos empregos em 2020
De acordo com os dados de agosto do Caged, todas as regiões do país apresentaram números positivos na construção civil. Destaque para a região sudeste, onde o volume de vagas criadas no setor chega a 21.714. Em seguida, vem a região nordeste, com 13.464 vagas; a região norte, com 5.590 novos postos; a região sul, com 5.174 vagas, e a região centro-oeste, 4.541. Em alguns estados, a construção civil está com desempenho melhor que o agronegócio em 2020. Como é o caso do Paraná, onde o setor tem saldo positivo de 12.536 vagas no ano, seguido pela indústria (6.041) e o agronegócio (3.798).
Para o economista da Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná) Evânio Felippe, os resultados da construção civil no estado são animadores. “O mercado de trabalho é um grande sinalizador de que a atividade produtiva está voltando a se movimentar com maior vigor. Essa retomada do emprego é gradual e está atrelada ao retorno da normalidade. A boa notícia é que mesmo setores fortemente impactados pela pandemia estão conseguindo abrir vagas, ou seja, há sinais de que aos poucos a economia retoma o ritmo e se movimenta com maior dinamismo a cada mês”, avalia.
Segundo dados nacionais do ministério da Economia, as atividades que mais abriram vagas na construção civil neste ano são as seguintes:
– Ajudantes de obras civis: 37.565.
– Trabalhador em estruturas de alvenaria: 10.215.
– Montador de estruturas de madeira, metal e compósitos em obras civis: 6.534.
– Operador de máquinas de terraplenagem e fundações: 4.150.
Entrevistado
Ministério da Economia (via assessoria de imprensa)
Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná) (via assessoria de imprensa)
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Jornalista responsável: Altair Santos MTB 2330