Modais de transporte aeroviário, aquaviário e dutoviário
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03 de junho de 2014
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O transporte aeroviário representa grande flexibilidade operacional e permite o acesso a pontos isolados do País, tendo em vista que o custo de implantação dos aeroportos é relativamente baixo.
Para transporte de carga, o modal aeroviário só se viabiliza para mercadorias de grande valor e de materiais perecíveis em situações excepcionais.
É o transporte mais rápido e os aeroportos normalmente estão próximos dos centros urbanos e de produção, porém tem uma menor capacidade de carga em relação aos outros meios de transporte. O valor de frete é mais elevado em relação aos outros modais.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), vinculada à Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, é uma autarquia especial, caracterizada por independência administrativa, autonomia financeira, ausência de subordinação hierárquica e mandato fixo de seus dirigentes, que atuam em regime de colegiado.
Tem como atribuições regular e fiscalizar as atividades de aviação civil e de infraestrutura aeronáutica e aeroportuária.
A Infraero (sigla de Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária) é uma empresa pública federal de administração indireta, vinculada ao Ministério da Defesa.
Ela é responsável pela administração dos principais aeroportos brasileiros. Administra desde grandes aeroportos até alguns tão pequenos que ainda não recebem voos comerciais e são aeroportos que têm como função representar a soberania nacional em áreas longínquas.
O Brasil apresenta um imenso potencial para utilização da navegação fluvial, com 63 mil km de rios e lagos/lagoas, distribuídos em todo o território nacional. Deste total, mais de 40 mil km são potencialmente navegáveis.
No entanto, a navegação comercial ocorre em pouco mais de 13 mil km, com significativa concentração na Amazônia, onde os rios não carecem de maiores investimentos e as populações não dispõem de muitas opções de modais terrestres.
A participação das hidrovias na matriz de transporte de cargas nacional ainda é modesta, cerca de 4%, quando comparada com o percentual de 58% do transporte rodoviário. Estimativa da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) apontam que são transportadas pelas hidrovias cerca de 45 milhões de toneladas cargas/ano, sendo que o potencial do modal é, pelo menos, quatro vezes maior.
Nos últimos anos, o Brasil viu sua indústria naval ressurgir, puxada principalmente pelo setor petrolífero, impulsionado pelas descobertas do pré-sal, e também pela decisão do governo federal de incentivar o transporte marítimo e fluvial. Em 2014, os postos de trabalho direto nessa área devem chegar a 60 mil e, indiretos, a 240 mil.
Entretanto, a análise dos investimentos previstos pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e sugeridos pelo Plano Nacional de Logística e Transporte indicam que as hidrovias ainda serão, por muito tempo, o ponto fraco do setor de transportes nacional.
O transporte dutoviário é uma das formas econômicas de transporte para grandes volumes. Ele tem como características a agilidade, a segurança, a baixa flexibilidade e a capacidade de fluxo.
A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) tem a competência para se articular com outras entidades operadoras de tipo de transporte, para resolução de interfaces intermodais e organização de cadastro do sistema de dutovias do Brasil. O sistema também está relacionado à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP).
O transporte de cargas nesse modal, que pode ser terrestre (subterrâneo ou aparente), aéreo (acima do solo) ou submarino, ocorre no interior de uma linha de tubos ou dutos e o movimento dos produtos se dá por pressão ou arraste, por meio de um elemento transportador. Uma das diferenças com o demais modais é que o veículo que efetua o transporta é fixo e o produto a ser transportado é que se desloca, eliminando, na maior parte dos casos, as embalagens para o transporte.