Pecuária brasileira reduz área de pastagem
A área de pastagens no Brasil reduziu 10,7% em dez anos. Em contrapartida, o rebanho bovino aumentou 12,1%, segundo as últimas informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), considerando o período compreendido entre 1996 e 2006. Para a gestora do Departamento de Economia da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Sistema Famasul), Adriana Mascarenhas, os números comprovam que o produtor rural brasileiro é sustentável ao utilizar práticas onde o volume de produção ocupa gradativamente menos espaço.
O pecuarista brasileiro está cada vez mais profissional e adepto a novas tecnologias e vem conseguindo produzir mais em uma área menor, sem desmatar, tanto que neste período analisado, a área de pastagens naturais utilizada pelo setor caiu 26,6%, saindo de 78 para 57 milhões de hectares, analisa Adriana. A economista da Famasul ministrará uma palestra sobre este assunto no 1º Congresso Nacional de Inovações Técnico-Científicas, Inclusão Social e Valor Agregado do Agronegócio (CNAgro), que será realizado entre os dias 02 e 04 de junho, em Dourados/MS, no Centro Universitário da Grande Dourados (Unigran).
O tema da palestra da especialista é 'Cenários, viabilidade econômica, social e ambiental do Sistema Agropecuário' e acontecerá no dia 02 de junho, às 19h40. O Brasil é um país estratégico no cenário mundial para atingir a meta de atender a demanda mundial de alimentos. Para alimentarmos a população de 9 bilhões de habitantes projetados para 2050, nossa produção mundial precisa aumentar 280 milhões de toneladas até 2020 e 450 milhões de toneladas até 2030, ressalta Adriana.
Adriana Mascarenhas abordará a relevância econômica e social do sistema agropecuário. Vou falar sobre o uso e a ocupação da terra, do avanço da produção agrícola e pecuária brasileira e de Mato Grosso do Sul e da distribuição de renda dos produtores rurais, ressalta a especialista.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), Mato Grosso do Sul possui 64,9 mil propriedades rurais. Deste total, 18% são consideradas de classe A e B e respondem por 91% do Valor Bruto de Produção, indicador que revela a geração de riqueza do setor.
O evento tem como discutir sobre as inovações científicas no agronegócio, a inserção do homem qualificado, empreendedor e motivado no contexto da sustentabilidade e preservação do meio ambiente para a produção de alimentos e energia nos trópicos em especial no Mato Grosso do Sul. O público alvo é a comunidade científica (docentes, estudantes de graduação e pós-graduação vinculados às áreas de ciência biológica, ciência agrária, administração e humanas) e os profissionais de ciências agrárias, produtores rurais e áreas afins.